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Receitas do alojamento turístico derrapam mais de 80% em janeiro

Os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 308 mil hóspedes e 709,9 mil dormidas em janeiro deste ano, números que correspondem a quebras de 78%.

As regiões de turismo estão a lançar campanhas para atrair o mercado inter  no, que vai assumir maior peso este ano.
Paulo Calado
15 de Março de 2021 às 11:04
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As quebras históricas sofridas pelo turismo ao longo de 2020 agravaram-se no início deste ano. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta segunda-feira, 15 de março, o número de hóspedes e de dormidas derrapou 78% em janeiro, mês em que os estabaelecimentos de alojamento registaram proveitos totais de 33 milhões de euros.

Os dados publicados esta manhã pelo INE confirmam a estimativa rápida que tinha sido publicada no início deste mês. Em janeiro de 2021, os estabelecimentos de alojamento turístico nacionais receberam 308,4 mil hóspedes, que foram responsáveis por 709,9 mil dormidas, números que, em ambos os casos, correspondem a quedas superiores a 78% em relação a janeiro do ano passado.

Tal como já acontece desde o início da pandemia, os residentes em Portugal voltaram a ser responsáveis pela maioria da atividade turística. Em janeiro, registaram-se 227,8 mil hóspedes residentes em Portugal, que responderam por 427 mil dormidas. Estes números equivalem a quebras superiores a 60%.

Já o número de hóspedes residentes no estrangeiro derrapou 89,4% para 80,6 mil, com um total de 282,9 mil dormidas, o que representa uma quebra de 87% em relação a janeiro do ano passado.

A estada média registou uma ligeira melhoria, passando a ser de 2,3 noites em janeiro de 2021, um aumento de 0,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Ainda assim, a taxa de ocupação foi de apenas 9,4% nesse mês, o que equivale a uma redução de 19,7 pontos percentuais em relação ao ano passado.

A agravar a quebra acentuada dos hóspedes e das dormidas, os estabelecimentos de alojamento também reduziram os preços. O rendimento médio por quarto ocupado fixou-se em 54,6 euros em janeiro, uma queda de quase 20% em relação ao ano passado.

Feitas as contas, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico derraparam 81,2% em janeiro, para 33 milhões de euros.

Lisboa, Madeira e Algarve são as mais afetadas

Em janeiro, dá conta o INE, "todas as regiões registaram decréscimos expressivos das dormidas, superiores a 50%". A Área Metropolitana de Lisboa, a Madeira e o Algarve foram as regiões mais afetadas, com quebras superiores a 80% no número de dormidas. Já o Alentejo e o Centro, com reduções de 59% e 69%, respetivamente, no número de dormidas, foram as regiões a sofrer o menor impacto.

Mesmo assim, a Área Metropolitana de Lisboa continuou a concentrar o maior número de dormidas em janeiro, respondendo por 27,5% do número total, seguindo-se o Norte (19%) e o Algarve (15%).

Já a análise aos principais mercados emissores do turismo nacional revela quebras drásticas em todos eles, por vezes acima de 90%. É o caso do Reino Unido, tradicionalmente o principal mercado de Portugal, cujos residentes foram responsáveis por 29.411 dormidas em janeiro, uma quebra de 92%.

Em janeiro, o principal mercado foi, assim, a Alemanha, com um total de 58.104 dormidas, uma queda de 75% em relação ao ano passado. Já as dormidas dos hóspedes provenientes em Espanha recuaram 87%, enquanto os de França registam uma queda de 78%.
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