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Ganhos do turismo atingem 153,7 milhões em fevereiro, 21% abaixo do pré-pandemia

Os proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico chegaram aos 153,7 milhões de euros em fevereiro, sendo que deste montante 111 milhões dizem respeito a aposento. Face a fevereiro de 2020, antes da pandemia, este valor está 20,9% abaixo.

O turismo será, de novo, um dos setores mais afetados pelo crescimento do número de infeções provocadas pela Ómicron, a nova variante da covid-19.
Mariline Alves
14 de Abril de 2022 às 11:18
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A atividade turística manteve o nível de aceleração em fevereiro, confirmam os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), depois da estimativa revelada no final de março.


Em fevereiro deste ano, foram registados 1,2 milhões de hóspedes e 2,9 milhões de dormidas em fevereiro de 2022, mas estes números estão ainda 21,2% e 23,1% abaixo de fevereiro de 2020, quando ainda não existiam efeitos da pandemia. Na comparação com o mesmo mês de 2021, quando Portugal estava ainda com restrições devido à covid-19, o número de hóspedes está 507% acima e 527,1% no que diz respeito às dormidas. 


Os dados conhecidos esta quinta-feira apontam para um total de 153,7 milhões de euros nos proveitos dos estabelecimentos de alojamento turístico. Desse valor, 111 milhões de euros dizem respeito a aposento, diz o INE. A Área Metropolitana de Lisboa concentrou 32,4% dos proveitos totais e 34,4% dos relativos a aposento em fevereiro, seguindo-se o Norte (18,2% e 18,6%, respetivamente) e o Algarve (17,5% e 16,1%, pela mesma ordem).

Ainda assim, face a fevereiro de 2020, ainda antes da pandemia, os proveitos totais registados em fevereiro deste ano estão 20,9% abaixo e os relativos a aposento 19,5%. 

 

O rendimento médio por quarto disponível fixou-se nos 24,3 euros em fevereiro, mais 8,7 euros face ao mês anterior. O rendimento médio por quarto ocupado tocou nos 68,3 euros, ligeiramente acima dos 66,6 euros em janeiro. Na comparação com fevereiro de 2020, o rendimento por quarto disponível recuou 15%, enquanto o rendimento por quarto ocupado ultrapassou valores pré-pandemia, subindo 5,3%. 

 

Juntando os dois primeiros meses de 2022, foi registado um aumento homólogo de 322,4% das dormidas total, com um disparo notório dos não residentes, indicador que cresceu 597,9%. Face aos dois primeiros meses de 2020, as dormidas caíram 30,4%, com maior destaque para os não residentes. Os proveitos totais registaram crescimentos totais de 408,5% e de 393,2% nos relativos a aposento. Na comparação com o mesmo período de 2020, é notória uma quebra de 29,4% nos proveitos totais e de 28,6% nos de aposento. 

 

Nos primeiros dois meses do ano, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 2,2 milhões de hóspedes e 5,4 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 307,0% e 282,3%, respetivamente.

 

INE confirma crescimento de mercado interno e externo

O mercado interno contribuiu com 1,2 milhões de dormidas em fevereiro de 2022 e aumentou 251,8% . Os mercados externos predominaram, com um peso de 60,7%, e totalizaram 1,8 milhões de dormidas - um expressivo aumento de 1.173%. Note-se que, durante este mês de 2021, não só Portugal estava a passar por restrições mas também outros países, o que justifica esta variação tão acentuada. 

 

Comparando com o mês de fevereiro de 2020, observaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-11,1%), quer nas de não residentes (-29,2%). Nos primeiros dois meses do ano, verificou-se um aumento de 322,4% das dormidas totais (+168,3% nos residentes e +597,9% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2020, as dormidas diminuíram 30,4% (-15,4% nos residentes e -37,9% nos não residentes). 

(notícia atualizada às 11:26)

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