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Casinos de Lisboa, Estoril e Figueira temem instabilidade com atraso no concurso
Os contratos para a exploração de três dos principais casinos portugueses terminam no final de 2020. As atuais concessionárias, que pagaram 64 milhões em impostos no ano passado, dramatizam a demora do Governo.
Os concessionários dos casinos do Estoril, de Lisboa e da Figueira da Foz alertam para a possibilidade de perturbações na atividade operacional e nos investimentos futuros nestes equipamentos devido ao atraso no lançamento dos concursos públicos internacionais, terminando os atuais contratos de exploração no final de 2020.
O alerta para eventuais problemas neste dossiê é deixado pelos atuais concessionários em declarações ao Público, esta segunda-feira, 6 de maio. No caso dos casinos do Estoril e de Lisboa – os dois maiores do país, com uma quota de mercado de 46% –, a concessão pertence à Estoril-Sol, enquanto o da Figueira da Foz (5% de quota) é explorado pela Figueira Prata, participada pela Amorim Turismo.
Em resposta ao mesmo jornal, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, garantiu que "as peças dos concursos para a atribuição de novas concessões para a exploração de jogos de fortuna ou azar em casinos estão, neste momento, em preparação e os concursos serão lançados quando esse trabalho estiver concluído".
Em 2018, os casinos portugueses acumularam receitas de 318,8 milhões de euros. De acordo com os dados do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, estes três casinos pagaram cerca de 64 milhões de euros ao Estado no último exercício, cabendo a arrecadação desta verba ao Turismo de Portugal, liderado por Luís Pestana Araújo, a entidade que tutela o setor do jogo.