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Carlos Tavares defende pacto de acionistas portugueses na venda da TAP
Gestor português entende que venda de posição na transportadora a concorrente não deve ir além dos 20%.
Carlos Tavares defende a ideia de haver um pacto de acionistas portugueses para entrada nos capitais da TAP e também que a venda de uma posição na transportadora a uma companhia aérea concorrente deve estar limitada a 20% do capital da empresa.
Em entrevista ao Público, o gestor e ex-presidente da Stellantis defende um modelo de privatização da transportadora portuguesa em que o Estado ficaria com 40% do capital, os trabalhadores 20%, outros 20% ficariam num fundo de investimento e o capital alienado a um concorrente estrangeiro - preferivelmente, numa parceria estratégica com origem no Médio Oriente ou continente americano - estaria limitado a 20%.
Os acionistas portugueses, diz, "podem estar nos 20% dos empregados que investem diretamente na empresa ou podem estar nos 20% do fundo de investimento". Assim, defende, seria possível "guardar a TAP nas mãos de um pacto de acionistas portugueses", do qual "eventualmente" admitiria fazer parte, ao mesmo tempo que entende que a indústria de turismo portuguesa deve estar investida na TAP.
Na entrevista, o gestor que atualmente integra um consórcio para a compra da SATA, defende também que os termos da venda da TAP devem garantir o reembolso de mais de três mil milhões de euros em injeções do Estado português na transportadora aquando da pandemia. Por exemplo, em dividendos pagos ao Estado.