Notícia
Alojamento local já pesa 18,3% no turismo de Lisboa
Estudo realizado pelo ISCTE e pela AHRESP conclui que em 2016 o arrendamento a turistas teve um impacto directo de 285 milhões na região de Lisboa, sendo responsável pela criação de 5.700 empregos. A tendência é para continuar a crescer.
A 31 de Dezembro de 2016, o impacto económico directo do Alojamento Local (AL) na Área Metropolitana de Lisboa ultrapassou os 285 milhões e euros, contabilizando-se aqui os gastos realizados pelos turistas nas unidades de alojamento local. Contas feitas, um impacto de 18,3% no turismo da região.
Os números são do ISCTE que, em conjunto com a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) realizou um estudo sobre o impacto económico do AL na área metropolitana de Lisboa. No conjunto, o contributo desta actividade e das actividades induzidas no ano passado atingiu 1% do PIB gerado na região, concluem os especialistas do ISCTE.
Numa perspectiva mais ampla, levando em linha de conta os gastos em alimentação, actividades culturais, deslocações e compras em geral – o chamado o impacto indirecto – e, ainda, os valores gerados na economia em temos de criação de emprego e impacto no consumo dos agregados familiares ligados ao alojamento local – o chamado impacto económico induzido – os valores sobem para montantes na ordem dos 1,6 milhões de euros.
O estudo, apresentado esta terça-feira, 19 de Setembro, em Lisboa, é uma segunda fase de um trabalho tornado público em Março deste ano e que apontava para o impacto do AL ao nível urbanístico. Nessa altura, a principal conclusão apresentada foi a de que 59% das casas que são arrendadas a turistas por períodos de curta duração estavam desocupadas antes de os seus proprietários as dedicarem a esta actividade.
Analisando o número de postos de trabalho, o ISCTE concluiu que em 2016 foram criados 5.706 novos empregos directos e 13.439 indirectos, tendo sido pagos 51,4 milhões de euros em salários e outras retribuições.
Crescimento de 7% anual até 2020
Os especialistas do ISCTE realizaram também uma análise do que poderá vir a representar o AL na região de Lisboa em 2020 e estimam um crescimento médio anual de 12% até 2020 no número de novos apartamentos destinados ao AL.
Os preços deverão também subir, mas de forma controlada, com uma taxa de crescimento de 6% anual nos próximos três anos com uma manutenção dos níveis actuais de ocupação e sazonalidade.