Notícia
Ainda vale a pena investir em imobiliário?
Os preços do imobiliário viveram nos últimos anos um período de forte recuperação. Estão, em alguns casos, em níveis recorde. Será ainda uma boa altura para investir no sector? E quais as regiões onde ainda há oportunidades?
O imobiliário tem sido um dos sectores com melhores notícias para a economia portuguesa, nos últimos anos. Depois de uma crise sem precedentes, vive uma recuperação também ela incomparável. Num contexto de falta de alternativas de investimento atractivas, ainda valerá a pena investir no imobiliário? E onde ainda podem ser encontradas oportunidades?
Só nos primeiros três meses do ano foram vendidos 35.178 imóveis, de acordo com os dados do INE. Trata-se do valor mais elevado desde 2009, quando estes dados começaram a ser divulgados. E em máximos está também o índice de preços da habitação.
Mas "não podemos esquecer-nos de que a subida de preços dos últimos dois anos parte de um nível baixo" e, "mesmo num cenário com tendência de subida de preços, continuam a existir boas oportunidades, especialmente para quem olha para os imóveis como uma alternativa de aforro face a aplicações financeiras", defende Pedro Lancastre. Para o director-geral da JLL Portugal, "os retornos – em média, em torno de 4% a 5% – conseguidos com o imobiliário (compra para colocação no mercado de arrendamento longo prazo ou curto prazo) são muito mais interessantes".
"Há no sector imobiliário muitas oportunidades por explorar, nomeadamente no que diz respeito aos mercados de reabilitação urbana, alojamento local e arrendamento urbano", defende Luís Lima. Para o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), há oportunidades "muito interessantes, sobretudo fora das grandes cidades".
Lisboa e Porto foram as regiões que assistiram à maior subida de preços. Contudo, nestas regiões, o "stock" imobiliário tem vindo a diminuir e a procura começa a deslocar-se para outras zonas. "Há regiões como a de Braga, Guimarães, Viseu, Coimbra ou Aveiro, entre muitas outras, com boas oportunidades de negócio e com um potencial de crescimento incrível, que decerto se verificará nos próximos anos", frisa Luís Lima.
"As famílias portuguesas são o verdadeiro motor do mercado imobiliário, naturalmente potenciado pelo crescimento do crédito", acrescenta Ricardo Sousa. E "é nas zonas periféricas das cidades que se está a registar uma maior dinâmica de transacções imobiliárias. São zonas onde o acesso ao crédito à habitação tem uma maior influência no número de transacções e são os mercados onde o valor médio dos imóveis está mais ajustado ao rendimento disponível das famílias", conclui o administrador da Century 21 Portugal.
Para aqueles que queiram investir, há várias formas de "rentabilizar um imóvel, seja através do aluguer de longa duração (para quem procura rendimentos fixos de longo prazo), o arrendamento local (mais rentável, os impostos são mais baixos mas exige um investimento superior) ou o arrendamento de curta duração (rendimentos mais elevados, mas de curto prazo)", explica João Pedro Pereira, da Comissão Executiva da ERA Portugal.
Apesar das boas perspectivas para o sector, também há riscos. E, para Pedro Lancastre, "nesta altura, o principal desafio é a falta de oferta". "O sector esteve praticamente parado em termos de construção durante os últimos anos e a procura que hoje está a emergir não encontra uma resposta rápida às suas pretensões, especialmente em habitação nova nas zonas limítrofes de Lisboa", realça.
Só nos primeiros três meses do ano foram vendidos 35.178 imóveis, de acordo com os dados do INE. Trata-se do valor mais elevado desde 2009, quando estes dados começaram a ser divulgados. E em máximos está também o índice de preços da habitação.
"Há no sector imobiliário muitas oportunidades por explorar, nomeadamente no que diz respeito aos mercados de reabilitação urbana, alojamento local e arrendamento urbano", defende Luís Lima. Para o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), há oportunidades "muito interessantes, sobretudo fora das grandes cidades".
Lisboa e Porto foram as regiões que assistiram à maior subida de preços. Contudo, nestas regiões, o "stock" imobiliário tem vindo a diminuir e a procura começa a deslocar-se para outras zonas. "Há regiões como a de Braga, Guimarães, Viseu, Coimbra ou Aveiro, entre muitas outras, com boas oportunidades de negócio e com um potencial de crescimento incrível, que decerto se verificará nos próximos anos", frisa Luís Lima.
"As famílias portuguesas são o verdadeiro motor do mercado imobiliário, naturalmente potenciado pelo crescimento do crédito", acrescenta Ricardo Sousa. E "é nas zonas periféricas das cidades que se está a registar uma maior dinâmica de transacções imobiliárias. São zonas onde o acesso ao crédito à habitação tem uma maior influência no número de transacções e são os mercados onde o valor médio dos imóveis está mais ajustado ao rendimento disponível das famílias", conclui o administrador da Century 21 Portugal.
Para aqueles que queiram investir, há várias formas de "rentabilizar um imóvel, seja através do aluguer de longa duração (para quem procura rendimentos fixos de longo prazo), o arrendamento local (mais rentável, os impostos são mais baixos mas exige um investimento superior) ou o arrendamento de curta duração (rendimentos mais elevados, mas de curto prazo)", explica João Pedro Pereira, da Comissão Executiva da ERA Portugal.
Apesar das boas perspectivas para o sector, também há riscos. E, para Pedro Lancastre, "nesta altura, o principal desafio é a falta de oferta". "O sector esteve praticamente parado em termos de construção durante os últimos anos e a procura que hoje está a emergir não encontra uma resposta rápida às suas pretensões, especialmente em habitação nova nas zonas limítrofes de Lisboa", realça.