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Airbnb garante que informa os hóspedes “de todas as taxas”
A plataforma digital garante que cumpre as obrigações de informar os hóspedes de todas as taxas. Mas está disposta a trabalhar em conjunto com as autoridades para “esclarecer os pontos levantados” pela Comissão Europeia.
O Airbnb está disponível para trabalhar com as autoridades europeias para esclarecer todas as dúvidas relativas à harmonização das suas práticas com as regras da União Europeia. Isto apesar de garantir que cumpre as obrigações de informar os hóspedes de todas as taxas para reservar um alojamento.
"Levamos esta questão a sério e estamos comprometidos em ser o mais transparentes possível para a nossa comunidade", disse ao Negócios fonte oficial da plataforma de origem norte-americana.
Instada a comentar a exigência de Bruxelas de alterar algumas das suas condições sob pena de sofrer medidas coercivas, a mesma fonte sublinhou que "os hóspedes são sempre informados de todas as taxas, incluindo taxas de serviço e impostos, antes de confirmar sua decisão de reservar um alojamento anunciado na nossa plataforma". E garantiu que vão trabalhar "em conjunto com as autoridades para esclarecer os pontos levantados".
A Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira que concluiu que a forma como o Airbnb apresenta os preços não cumpre os requisitos impostos pela legislação da União Europeia, nomeadamente pela directiva relativa às práticas comerciais desleais.
"O Airbnb não cumpre plenamente a legislação europeia. Os preços não são transparentes na pesquisa inicial, uma vez que outras taxas são acrescentadas numa fase mais avançada. É difícil para o consumidor saber se está a alugar a um privado ou a um profissional, e isto é importante já que se aplicam diferentes regras de protecção dos consumidores", explicou, em comunicado, a comissária europeia da Justiça, Consumidores e Igualdade de Género, Vera Jourová.
Tendo em conta estas conclusões, as autoridades de defesa do consumidor da UE e a Comissão querem que o Airbnb altere essas situações até ao final de Agosto. Caso contrário, a plataforma poderá ser alvo de medidas coercivas.