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"Veículos sem condutor" da Toyota voltam a funcionar depois de atropelamento
Os veículos autónomos da Toyota foram suspensos depois de um atleta cego ter sido atropelado nos Jogos Paraolímpicos de Tóquio na semana passada. As viagens foram agora retomadas com novos recursos de segurança.
Os veículos autónomos e-Palette da Toyota tinham sido interrompidos na semana passada depois de um atleta judoca cego ter sido atropelado na semana passada, na vila dos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Agora, os veículos retomam ao serviço com novas medidas de segurança que incluem sons de alerta mais altos e dois membros da equipa de segurança a bordo, em vez de um, para ajudar a vigiar os pedestres.
O atleta japonês, membro da equipa de Judo, foi atingido pelo veículo sem motorista da Toyota enquanto atravessava uma passadeira, na passada quinta-feira. Apesar de não ter sido ferido com gravidade, ficou de fora da competição na categoria de 81kg por causa do acidente.
Quanto aos motivos do acidente, a Toyota esclareceu em comunicado que "o sensor do veículo detetou a travessia de pedestres e ativou o travão automático, e o operador também acionou o travão de emergência", mas a colisão aconteceu antes da travagem completa.
A empresa de automóveis, com sede na Indonésia, já se comprometeu em fazer melhorias na segurança dos veículos "diariamente" até ao encerramento da vila e em cooperar com a investigação da polícia local para determinar a causa exata do acidente.
O CEO da Toyota, Akio Toyoda, apresentou um pedido de desculpas depois do acidente que diz ter sido uma prova de que "os veículos autónomos ainda não estão preparados para estradas normais".
O e-Palette é um veículo elétrico totalmente autónomo, ou seja, sem motorista, que foi adaptado especificamente para ser utilizado durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio. As suas grandes portas e rampas elétricas permitem o embarque rápido de grupos de atletas.
O objetivo da Toyota é que os seus veículos autónomos operem nas vias públicas no futuro. No evento de apresentação do e-Palette, em 2018, Akio Toyoda anunciou que pretendia passar de uma empresa de automóveis a uma "empresa de mobilidade".