A Uber perdeu 1,2 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) só no primeiro semestre deste ano. As contas da aplicação que permite solicitar um serviço de transporte em automóvel privado são contadas esta sexta-feira, 26 de Agosto, pela agência Bloomberg.

A justificar o resultado estarão os subsídios pagos aos motoristas da plataforma, factor que a Uber não confirmou à Bloomberg. A agência cita uma conferência a investidores realizada na passada sexta-feira, 19 de Agosto, com o director financeiro Gautam Gupta. Mesmo não sendo uma empresa cotada, a Uber tem o hábito de realizar estes eventos a cada três meses.

Na história desta desta start-up criada em 2011 já se contam perdas de quatro mil milhões de dólares (cerca de 3,5 mil milhões de euros), que se têm vindo a acentuar com o passar do tempo, inclusive no país-natal, os Estados Unidos da América.

Até porque a concorrência e a guerra de preços – sobretudo com a Lyft – se tem vindo a acentuar. O cenário para a segunda metade do ano poderá ser ainda mais "negro", após a Uber ter decidido fundir a sua actividade na China com a rival Didi Chuxing, colocando fim a uma disputa legal.

A empresa avaliada em 69 mil milhões de dólares (61 mil milhões de euros) tem sido alvo de polémica em todo o mundo, com a contestação do tradicional sector do táxi e a falta de enquadramento legal. Portugal não foi excepção. Neste momento, o Executivo encontra-se a trabalhar numa nova lei para este tipo de aplicações.

A própria Autoridade da Concorrência considerou que, em Portugal, há excesso de regulação na actividade de táxi e propôs flexibilizar as leis existentes. Foi também preparado um pacote de 17 milhões de euros pelo Governo para ajudar a modernização deste sector.