A Uber interpôs um recurso na Justiça britânica para recuperar a sua licença de funcionamento em Londres, refere o The New York Times. Para tal, concordou em ser alvo de uma estreita supervisão do governo.

Trata-se de uma vitória importante para o novo presidente executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, depois de a empresa que gere a plataforma online de reserva de transporte ter interposto no passado dia 13 de Outubro um recurso em tribunal para reverter a decisão da autoridade dos transportes de Londres, a TfL, de não renovar a sua licença para operar na cidade, que constitui o mais importante mercado da Uber na Europa.

O facto de a Uber ter concordado em ser estreitamente supervisionada pelo governo britânico poderá levar outras cidades a tentarem obter concessões junto daquela plataforma.

A TfL, na altura, justificou a decisão de retirar a licença com o facto de a empresa "demonstrar falta de responsabilidade empresarial". E uma das críticas que estava em cima da mesa era o facto de os condutores ao serviço da Uber não terem direito a receber salário mínimo nem subsídio de férias por esta não os considerar funcionários da empresa.

Em Novembro passado, a Uber perdeu um primeiro recurso judicial no Tribunal de Recurso de Londres contra a decisão de os condutores serem considerados seus "trabalhadores", mas anunciou que iria recorrer para uma outra instância.

Quanto à licença de operação em Londres, apesar de esta ter expirado a 30 de Setembro, os cerca de 40 mil condutores da plataforma puderam continuar a operar – o que seria possível até que se tivessem esgotado todos os recursos. 

As plataformas digitais para a área da mobilidade - basta pegar num telemóvel e chamar o carro – têm estado a desenvolver-se com grande rapidez. Em Portugal, além da Uber, operam ainda a Taxify, Cabify e Chofer.