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Londres não renova licença da Uber para operar na cidade

A Uber enfrenta um novo obstáculo à sua atividade: as autoridades londrinas não consideram que a empresa esteja a adotar as medidas de segurança devidas em relação aos condutores, pelo que não querem prolongar a presença desta marca na cidade.

Reuters
25 de Novembro de 2019 às 11:04
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Londres decidiu não renovar a licença da Uber para operar na cidade, o que não permite à empresa um futuro neste que é um dos seus principais mercados.

Em risco de cessar de vez a operação estão 45.000 condutores que têm a licença para conduzir ao volante desta marca em Londres. Perante este cenário, as ações da Uber já estão a desvalorizar cerca de 4% na negociação antes da abertura do mercado, uma vez que a empresa está cotada em Wall Street.

A Uber tem 21 dias para recorrer da decisão e tem direito a operar enquanto os magistrados refletem sobre a mesma, disse um oficial da Transport for London, o órgão estatal responsável pelo sistema de transportes londrino. A empresa de transportes já veio confirmar que planeia recorrer e, no Twitter, o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi, classifica o veredicto da autoridade de transportes como "errado". De acordo com o mesmo, a Uber mudou significativamente a forma como opera em Londres ao longo dos últimos dois anos.

A licença de dois meses que permitia à Uber operar na cidade londrina expira esta segunda-feira, 25 de novembro. Esta era a última extensão permitida enquanto a TfL revia as mudanças em termos operacionais que estavam a ser implementadas pela empresa.

Foi já há cerca de dois anos que a TfL concluiu que a Uber não era "adequada e própria" para receber uma licença, apontando falhas ao nível da certificação das competências dos condutores e da análise do seu passado criminal. O software utilizado pela empresa também foi alvo de críticas, uma vez que representa um obstáculo a que as autoridades consigam detetar os condutores infratores da lei.

O presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, mostrou-se concordante com a visão da TfL na altura da primeira decisão e, esta segunda-feira, já veio reiterar o apoio à autoridade responsável pelos transportes londrinos, através da respetiva conta Twiteer. "Tfl identificou um padrão de falhas da parte da Uber que põe diretamente a segurança dos passageiros em risco", argumentou.  

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