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Taxyz, ou como um português quer desafiar Uber em França
O dispositivo de geolocalização e reserva de táxis chama-se "Taxyz" e nasceu da vontade de Filipe Alves modernizar a empresa do pai, António Alves. Está a caminho uma nova versão.
21 de Maio de 2016 às 10:17
O empresário Filipe Alves está a ultimar a nova versão da aplicação móvel para táxis que criou em 2011, muito antes da popularização dos Uber em França, e quer lançar uma frota "100 por cento eléctrica" na região de Paris.
"O objetivo era fazer uma aplicação que fosse de fácil utilização, que facilitasse a vida do cliente. A Uber apareceu e fez a mesma coisa. Agora, quando aparece uma aplicação de táxis vão dizer ‘É como a Uber'. Não, não é como a Uber. Chegámos ao mesmo tempo, só que eles tiveram mais meios de comunicação e foram os primeiros a lançar-se no mercado em grande escala", disse à Lusa o português de 40 anos.
O dispositivo de geolocalização e reserva de táxis chama-se "Taxyz" e nasceu da vontade de Filipe Alves modernizar a empresa do pai, António Alves, criada em 1982 com seis táxis e atualmente a trabalhar com 220 a 250 veículos, "o quarto maior grupo de táxis em França, o segundo maior português".
Com a nova versão, o taxista deixa de ser obrigado a utilizar o ‘smartphone´ porque o sistema vai estar integrado no contador do táxi e os clientes vão poder pagar através da aplicação, facilidades que se juntam à localização dos táxis mais próximos e à informação sobre o preço da viagem.
"O motorista já não precisa de ter um ‘smartphone’ porque tudo passa pelo contador que o geolocaliza, dá a disponibilidade dele - o que é muito importante porque até agora tinha que fazê-lo manualmente - e envia o preço directamente para o consumidor", descreveu, acrescentando que o cliente pode pagar através da aplicação ou simplesmente com o cartão de crédito ou dinheiro.
A Taxyz vai permitir, ainda, escolher um veículo elétrico, já que Filipe Alves se prepara para lançar uma frota de táxis elétricos na região de Paris.
"A mim parecia-me incrível que em Paris - uma das cidades mais visitadas do mundo - não houvesse uma frota de táxis eléctricos. Para já só encomendei quatro, mas o objetivo é transformar a minha frota toda - que são 200, 230 automóveis - em carros eléctricos, para ser a primeira frota europeia - aliás com 230 até é do mundo - de táxis 100 por cento eléctricos", sublinhou.
O empresário espera "dar o exemplo" em termos de preocupação ecológica a outras empresas de táxis e gostaria que a sua aplicação viesse a ser utilizada por outros grupos em França.
"O que era importante era modernizar a profissão e a nossa empresa e desenvolver uma aplicação que não estivesse só limitada à nossa empresa mas abrir-se a outras. Por exemplo, a G7 [grupo de táxis em França] tem 700 táxis mas tem 7.000 táxis registados na rádio deles. O meu objetivo era esse: criar uma aplicação que no início fosse útil aos meus táxis, que são 220, mas depois abrir e tentar ter 1.000, 2.000, 3.000 e quem sabe um dia 7.000 como a G7", concluiu.
Filipe Alves nasceu em 1976 em Drancy, nos arredores de Paris, aos nove anos foi viver para Fafe, no distrito de Braga, e aos 19 regressou a França, onde tirou um mestrado em gestão e ficou a viver até hoje.
"O objetivo era fazer uma aplicação que fosse de fácil utilização, que facilitasse a vida do cliente. A Uber apareceu e fez a mesma coisa. Agora, quando aparece uma aplicação de táxis vão dizer ‘É como a Uber'. Não, não é como a Uber. Chegámos ao mesmo tempo, só que eles tiveram mais meios de comunicação e foram os primeiros a lançar-se no mercado em grande escala", disse à Lusa o português de 40 anos.
Com a nova versão, o taxista deixa de ser obrigado a utilizar o ‘smartphone´ porque o sistema vai estar integrado no contador do táxi e os clientes vão poder pagar através da aplicação, facilidades que se juntam à localização dos táxis mais próximos e à informação sobre o preço da viagem.
"O motorista já não precisa de ter um ‘smartphone’ porque tudo passa pelo contador que o geolocaliza, dá a disponibilidade dele - o que é muito importante porque até agora tinha que fazê-lo manualmente - e envia o preço directamente para o consumidor", descreveu, acrescentando que o cliente pode pagar através da aplicação ou simplesmente com o cartão de crédito ou dinheiro.
A Taxyz vai permitir, ainda, escolher um veículo elétrico, já que Filipe Alves se prepara para lançar uma frota de táxis elétricos na região de Paris.
"A mim parecia-me incrível que em Paris - uma das cidades mais visitadas do mundo - não houvesse uma frota de táxis eléctricos. Para já só encomendei quatro, mas o objetivo é transformar a minha frota toda - que são 200, 230 automóveis - em carros eléctricos, para ser a primeira frota europeia - aliás com 230 até é do mundo - de táxis 100 por cento eléctricos", sublinhou.
O empresário espera "dar o exemplo" em termos de preocupação ecológica a outras empresas de táxis e gostaria que a sua aplicação viesse a ser utilizada por outros grupos em França.
"O que era importante era modernizar a profissão e a nossa empresa e desenvolver uma aplicação que não estivesse só limitada à nossa empresa mas abrir-se a outras. Por exemplo, a G7 [grupo de táxis em França] tem 700 táxis mas tem 7.000 táxis registados na rádio deles. O meu objetivo era esse: criar uma aplicação que no início fosse útil aos meus táxis, que são 220, mas depois abrir e tentar ter 1.000, 2.000, 3.000 e quem sabe um dia 7.000 como a G7", concluiu.
Filipe Alves nasceu em 1976 em Drancy, nos arredores de Paris, aos nove anos foi viver para Fafe, no distrito de Braga, e aos 19 regressou a França, onde tirou um mestrado em gestão e ficou a viver até hoje.