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Sócrates, Ferro e Coelho negam responsabilidades em PPP
Ex-responsáveis pela pasta do Equipamento Social respondem à comissão parlamentar de inquérito às PPP que não tiveram intervenção no contrato do Metro Sul do Tejo
Os ex-ministros de António Guterres dizem, na resposta ao questionário que lhes foi enviado pela comissão parlamentar de inquérito às parcerias público-privadas (PPP), que tiveram intervenções nulas ou neutras no contrato do Metro Sul do Tejo, avança o "Diário de Notícias".
Segundo o jornal, José Sócrates lembra que só foi ministro do Equipamento Social durante um curto período de 73 dias e que neste período apenas foi feito o envio ao Governo do relatório final da comissão de avaliação do concurso público relativo à fase de negociação. Recorda também que este processo durou quase três anos desde o lançamento do concurso à assinatura do contrato de concessão.
Na sua resposta, Ferro Rodrigues, que precedeu Sócrates naquela pasta, sublinhou que a comissão já tinha iniciado os trabalhos antes da sua tomada de posse e continuou após ter abandonado o ministério.
Segundo o DN, o socialista explica ainda os motivos porque não teve maior influência no processo, assinalando que naquele período e contexto, “não seria justificável ou adequado, em termos técnicos e políticos, equacionar, enquanto ministro do Equipamento Social, as questões indicativamente enviadas [pela comissão de inquérito]. Ninguém compreenderia, nessa fase, qualquer alteração no processo, hipótese que nunca coloquei nem era colocada”.
Já Jorge Coelho, que liderou aquela pasta antes de Ferro Rodrigues, aponta nomes de antigos governantes do PSD que terão estado mais envolvidos na PPP do Metro Sul do Tejo, continua o jornal. Lembra que o projecto foi iniciado no Governo de Cavaco Silva em 1995 e que a 30 de Julho de 2002 o contrato de concessão da primeira fase do projecto foi assinado pelos ministros das Finanças e Obras Públicas de Durão Barroso, Manuel Ferreira leite e Valente de Oliveira.