A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) pediu, terça-feira, 1 de Dezembro, uma reunião com o ministro da tutela "para encontrar soluções para os conflitos provocados pela administração e estrutura superior das empresas" de transporte público de Lisboa.

Em comunicado, a Fectrans acusa a administração conjunta do Metro, Carris, Transtejo e Soflusa – sob a designação Transportes de Lisboa - de continuar "numa constante provocação aos trabalhadores através da implementação de uma onda repressiva nunca vista, de interpretações unilaterais dos Acordos de Empresa, que provocam novos conflitos laborais".

No seguimento do que tinha feito nas empresas fluviais, refere ainda a Fectrans, apresentou segunda-feira propostas de revisão dos Acordos de Empresa do Metro e Carris, "que mais não visa que destruir a actual contratação colectiva", diz.

Os sindicatos acusam a administração de continuar "a agir como se não tivesse havido qualquer alteração na orientação política do país", considerando que os conflitos existentes "são argumentos mais que suficientes para a demissão de uma administração que continua a agir no quadro de uma privatização que já morreu, por decisão política da maioria parlamentar".

Para a Fectrans, "o actual Governo tem que, rapidamente, dar sinais sobre se apoia esta forma de estar de uma administração, que parece propositadamente estar a criar dificuldades aos novos governantes".

A Fectrans convocou uma greve parcial no Metro de Lisboa para os dias 9, 10 e 11 de Dezembro.