O Metro de Lisboa prepara-se para realizar uma greve parcial na próxima semana. A paralisação deverá ter lugar nos dias 9,10 e 11 de Dezembro. O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social, tal como aconteceu no passado, tem ainda de pronunciar-se sobre os serviços mínimos. Contactado pelo Negócios, José Manuel Oliveira, coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), explica que esta greve está relacionada com "atitudes da administração" do Metro de Lisboa.

Esta greve, a realizar-se, vai ser a primeira desde que António Costa foi empossado como primeiro-ministro. E vai ser também a primeira desde que PS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes apresentaram iniciativas legislativas para cancelar a subconcessão das empresas de transporte de Lisboa e do Porto, por considerarem que essa é a melhor solução para o Estado, utentes e trabalhadores. O CDS-PP acusou o PS de "ceder aos interesses da CGTP".

Assim, na passada sexta-feira, 27 de Novembro, foram discutidos no Parlamento os 10 projectos de lei e de resolução para a reversão das subconcessões da Carris, metros de Lisboa e do Porto e STCP.

As subconcessões das empresas de transportes públicos de Lisboa e Porto foram lançadas pelo Governo de Passos Coelho, durante o qual chegaram a ser assinados os contratos com os privados que ganharam estes processos. A subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa foi ganha pela Avanza, a da STCP pela Alsa e a do Metro do Porto pela Transdev. Os processos estão ainda a aguardar que o Tribunal de Contas se pronuncie em sede de visto prévio.