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Siemens e Alstom anunciam fusão da actividade ferroviária

A Siemens AG e a Alstom SA acordaram a fusão das suas actividades ferroviárias, o que aproxima as outrora rivais alemã e francesa no sentido de criarem uma gigante europeia dos transportes.

Bloomberg
27 de Setembro de 2017 às 00:49
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A alemã Siemens e a francesa Alstom anunciaram ter acordado a fusão das suas respectivas actividades ferroviárias. O intuito, frisa a Bloomberg, é criar uma gigante europeia dos transportes que trave a concorrência vinda da China.

 

No âmbito deste acordo, a Siemens transferirá o fabrico das suas carruagens de comboios e metro de superfície e equipamento de sinalização para a Alstom, em troca de uma participação de 50% na nova empresa resultante da fusão, referiram ambas as companhias em comunicado conjunto citado pela Bloomberg.

 

A empresa irá chamar-se Siemens Alstom e as suas vendas conjuntas ascendem a 15,3 mil milhões de euros. A sede será em Paris e o CEO da Alstom, Henri Popuart-Lafarge, manterá o cargo na nova entidade. Já o "chairman" será nomeado pela Siemens.

 

"As duas empresas são grandemente complementares em termos de actividades e geografias", sublinha o comunicado conjunto.

 

O conselho de administração da nova empresa, que estará cotada na bolsa parisiense, será composto por 11 membros – seis dos quais escolhidos pela Siemens.

 

A fusão destas actividades dará à empresa alemã o controlo de um ícone da indústria francesa que desenvolveu o comboio de alta velocidade (TGV), salienta a Bloomberg.

 

A Siemens e a Alstom, que contam com um total de 60.000 funcionários, vão tornar-se, com esta fusão, a segunda maior fabricante de carruagens ferroviárias e locomotivas, logo a seguir à chinesa CRRC Corp.

 

Segundo a agência noticiosa, citando fonte conhecedora do processo, o governo francês não irá exercer, em Outubro, a opção de compra de 20% da Alstom que tem sobre os títulos da Bouygues, pelo que não terá assento no conselho de administração da nova entidade.

 

Para avançar, a fusão terá agora de ser autorizada pelos reguladores da Concorrência. O governo francês já deu "luz verde" após o presidente Emmanuel Macron ter obtido garantidas quanto à segurança dos empregos. 

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