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Regulador dos transportes defende junção dos portos
A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes é favorável à junção dos portos de Lisboa e Setúbal, como é intenção do Governo. Também Figueira da Foz e Aveiro, admite o regulador, poderiam ficar sob a alçada de Leixões.
O presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), João Carvalho, defendeu esta terça-feira, 29 de Março, na apresentação do plano de actividades para 2016, a fusão entre os portos de Lisboa e de Setúbal e Sesimbra, manifestando-se de acordo com a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
João Carvalho disse não compreender a contestação à intenção de juntar as administrações destes portos, sublinhou que nenhum agente económico será prejudicado e lamentou que se "continue a pensar pequenino".
Em seu entender, é inclusivamente possível ir mais longe. Para o presidente da AMT, os portos de Aveiro e da Figueira da Foz poderiam mesmo ficar sob a alçada do porto de Leixões.
O responsável disse ainda diz que a AMT ainda não foi chamada a pronunciar-se sobre a fusão entre estes portos, mas deverá fazê-lo, no sentido de defender essa junção.
João Carvalho deu exemplos de fusões entre portos em toda a Europa, inclusivamente de diferentes países, como é o caso de Copenhaga (Dinamarca) e Malmo (Suécia), salientando ainda que em Itália os mais de 40 portos do país irão resultar em 15 administrações portuárias.
Segundo explicou, em Portugal são considerados portos "core" Leixões, Lisboa e Sines, sendo estes os que podem ter auxílios comunitários. A junção do porto de Setúbal e Sesimbra com o de Lisboa "só vem beneficiar Setúbal", ao significar a sua entrada na rede "core" e, desta forma, a possibilidade de se candidatar a apoios comunitários.
Isso mesmo, explicou o responsável, passou a acontecer com o porto de Viana do Castelo, que há um ano foi fundido com Leixões.