O volume de carga movimentada pelos principais portos comerciais do Continente ascendeu a 88,9 milhões de toneladas de carga, um aumento de 7,5% em termos de volume face a 2014, anunciou a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) em comunicado, assinalando que "este é o valor mais elevado de sempre e resulta do comportamento dos portos de Sines, Leixões e Aveiro".

O aumento global de 7,5% resulta do crescimento do tráfego em Sines, com mais de 17%, conjugado com os aumentos registados nos portos de Leixões e Aveiro, ambos de 3,7%.

Ao mesmo tempo, segundo a AMT, verificaram-se reduções de tráfego nos restantes portos, destacando-se o porto da Figueira da Foz com uma quebra de 7,8%, o de Setúbal com 7%, o de Viana do Castelo com 6% e o de Lisboa com um recuo de 2,3%.

A AMT assinala ainda que Sines é o porto que regista um maior volume de carga movimentada, com 49,5% do total nacional, "assumindo particular relevância o segmento do mercado de granéis líquidos (65,9%), por efeito da importação de petróleo bruto para a refinaria da Galp Energia", explica.

O porto de Leixões destaca-se como o segundo com maior volume de carga movimentada, com 21,1%, seguindo-se o de Lisboa com 13% e o de Setúbal com 8,4%.

No comunicado o regulador dos transportes revela que o ano de 2015 marcou também o mercado de contentores, que apresenta o valor mais elevado de sempre, registando um volume de cerca de 2,58 milhões de TEU (unidade equivalente a um contentor), o que representa mais 2,5% relativamente a 2014.

Este crescimento é verificado sobretudo nos portos de Sines, Setúbal e Figueira da Foz, que apresentam um aumento de 8,5%, 17,7% e 17,6%, respectivamente, adianta, acrescentando que os portos de Leixões e Lisboa registaram quebras de 6,4% e 4,1%, respectivamente.

Relativamente às escalas de navios de diversas tipologias, os portos nacionais registaram em 2015 um total de 10.710 escalas, mais 2,2% face a 2014.

 

Na carga contentorizada, a AMT adianta que se registou no ano passado um aumento de 5,8% face ao volume do ano anterior.

A carga embarcada atingiu também o valor mais elevado de sempre, com um volume total de cerca de 30,6 milhões de toneladas, com o comportamento do mercado de produtos petrolíferos, que cresceu 20,7%, e dos produtos agrícolas, que aumentou 13%.

Quanto ao volume de carga desembarcada, na qual as "importações" representam mais de 90%, verificou-se um aumento de quase 10% face a 2014, influenciado pelo crescimento da importação de combustíveis fósseis, que representaram 38,5% do total de carga desembarcada.

À semelhança do que se tem vindo a verificar nos últimos anos, os portos de Viana do Castelo, Figueira da Foz e Setúbal, registaram um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, atingindo valores de 73,8%, 68,5% e 64,4%, respectivamente, conclui a AMT.