O movimento de contentores no porto de Lisboa recuou 27,3% em Janeiro, comparativamente com o mesmo mês de 2015, depois de armadores como a Maersk terem suspendido em finais do ano passado as escalas na capital devido à instabilidade provocada pelos pré-avisos de greve dos estivadores.

De acordo com o relatório do acompanhamento do mercado portuário da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), em volume Lisboa representa actualmente pouco mais de 14% do total do mercado, quando em termos médios, nos últimos 12 meses, o seu peso era superior a 18%.

Em Janeiro, o porto de Sines continuou a assumir a posição de liderança em termos de volume, na ordem dos 100 mil TEU (unidade equivalente a um contentor), equivalente a 51% do total de 196,1 mil TEU movimentados no mercado portuário do continente, apesar do recuo de 1,8% registado em Janeiro.

Já o porto de Leixões cresceu no primeiro mês deste ano 13,4%, representando já 27,6% do total. Também em Setúbal o movimento de contentores aumentou 24,9%.

No porto da Figueira da Foz registou-se uma diminuição da ordem dos 41%, sendo que este porto apenas representa 0,6% do total.

No total, o mercado de contentores registou em Janeiro um recuo de 2,4% face ao mesmo mês do ano passado.

De acordo com o relatório da AMT, o mercado portuário iniciou o ano de 2016 com um movimento de 7,3 milhões de toneladas de carga nas diversas formas de acondicionamento, "o que é o valor mais elevado dos meses homólogo", refere.

Face a Janeiro de 2015, esse número representa um acréscimo de 8,2%, "o que pode indicar a manutenção da dinâmica de crescimento significativo a que se vem assistindo", acrescenta.

A AMT realça pela positiva Sines e Aveiro, que registaram variações face ao mês homólogo de 2015, de 7,6% e 20%, respectivamente. Pela negativa, Figueira da Foz e Faro recuaram face ao ano passado 15,1% e 56,4%.

Para o crescimento de 8,2% no volume de tráfego registado em Janeiro, Viana do Castelo contribuiu com uma subida de 59,1% , Leixões de 13,5% e Lisboa de 10,6%.