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Pinto Luz quer fazer dos portos nacionais os maiores da Península Ibérica

O ministro das Infraestruturas e Habitação esteve cerimónia de assinatura do auto de consignação da obra de melhoria das acessibilidades marítimas e infraestruturas do Porto da Figueira da Foz, no litoral do distrito de Coimbra.

António Pedro Santos / Lusa
24 de Janeiro de 2025 às 19:07
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O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, disse hoje ter o sonho de fazer dos portos nacionais os maiores da Península Ibérica e defendeu a atenção dada pelo Governo ao setor marítimo.

"Eu tenho um sonho e o meu sonho é fazer dos portos nacionais os maiores portos da Península Ibérica, porque não há melhor posição geopolítica estratégica do que a dos portos nacionais", disse o governante, intervindo na cerimónia de assinatura do auto de consignação da obra de melhoria das acessibilidades marítimas e infraestruturas do Porto da Figueira da Foz, no litoral do distrito de Coimbra.

Na sua intervenção, Miguel Pinto Luz argumentou que, para tal, os portos têm de ser capacitados e receber investimentos que permitam aumentar o tamanho dos navios que recebem.

Apontou, nesse caso, para a possibilidade de o maior porto português, o de Sines, vir a movimentar 70 a 80 milhões de toneladas por ano (20 a 30 milhões a mais do que os números atuais), aproximando-se daquele que é o maior porto da Península Ibérica, o de Valência, em Espanha, que movimenta 120 milhões de toneladas anuais, ou superiorizando-se a Santos, no Brasil, o maior porto da América Latina, cujos valores ascendem aos 30 milhões de toneladas.

"Temos que, cada vez mais, potenciar a nossa infraestrutura portuária. Podemos apregoar aos quatro cantos do mundo, aos quatro ventos, que queremos portos maiores (...) temos aqui um potencial absolutamente único", vincou o ministro.

Miguel Pinto Luz argumentou ainda que o Governo de que faz parte passou a colocar na agenda os portos portugueses e o setor do mar, aquilo que os seus antecessores na pasta deixavam de lado na sua ação quotidiana, porque não era um tema central.

"Os temas mais 'sexy' desta pasta não são esses, temos aquelas paixões assolapadas em Portugal que é a TAP, o aeroporto, a bitola [ferroviária] e essas paixões são absolutamente fundamentais. Mas um país de mar, um país que nasce e descobre o mundo (...) e que anda há anos a falar de plataformas continentais e mar para cá e mar para lá, mas depois não coloca na prioridade máxima das suas políticas e infraestruturas os portos", observou o ministro.

Com o atual Governo, observou, o tema passou a ser central, a legislação tem vindo a ser alterada para permitir concessões a 75 anos e mais investimentos.

"Investimentos estruturantes para readaptar as próprias infraestruturas portuárias e os portos articulados com a rodovia, com a ferrovia, com os aeroportos. É esta visão integrada que nós colocamos, olhando para o nosso país e colocando os portos como as âncoras de toda esta infraestrutura", enfatizou Miguel Pinto Luz.

A obra de melhoria de acessibilidades marítimas e infraestruturas do porto da Figueira da Foz, um investimento de cerca de 21 milhões de euros, tem um prazo de 15 meses, vai permitir receber navios com 140 metros de comprimento face aos atuais 120 metros e deverá estar concluída em maio de 2026.

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