Notícia
Pedido de insolvência deixa salários em risco e dificulta venda, diz Groundforce
A TAP avançou com um pedido de insolvência da Groundforce, que alerta que um processo desta natureza coloca em risco os salários.
O pedido de insolvência da Groundforce, apresentado pela TAP na semana passada, vai deixar a empresa em "total estrangulamento", colocando em risco os salários de maio e dificultando o processo de venda que está em curso. O alerta é deixado pela própria empresa de "handling", em comunicado enviado esta terça-feira, 18 de maio, às redações.
Num comunicado escrito na primeira pessoa, mas que não está assinado por Alfredo Casimiro, o acionista maioritário da Groundforce, a empresa de assistência aeroportuária começa por referir que entrou em contacto com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, após o pedido de insolvência que deu entrada em tribunal.
"Na sequência do pedido de insolvência da Groundforce apresentado pela TAP, escrevi ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação, procurando sensibilizá-lo para o facto de esta decisão contribuir em muito para o agravamento da situação da empresa. Um processo de insolvência não deixa tudo na mesma. Pelo contrário, deixa a Groundforce em total estrangulamento, como tive oportunidade de explicar aos trabalhadores na comunicação que lhes enviei no passado dia 14 de maio", pode ler-se no comunicado.
No entender da Groundforce, um processo de insolvência irá comprometer "todos os esforços" que têm sido feitos para "salvar a empresa". São várias as implicações deste processo, que a Groundforce enumera.
Desde logo, a insolvência "pode conduzir à rutura operacional da empresa, ao afetar drasticamente a relação com os seus clientes, mas, sobretudo, com os seus fornecedores, que, perante essa decisão, ponderam suspender os fornecimentos, caso não haja pagamentos antecipados ou a pronto".
Ao mesmo tempo, "pode comprometer o pagamento dos salários de maio aos trabalhadores, até agora salvaguardado" e "vai dificultar a operação de venda que se encontra em curso com diversos 'players' internacionais do setor".
A Groundforce garante ainda que o pedido de insolvência "bloqueou o acesso ao financiamento de curto prazo junto da banca, com especial ênfase para a Caixa Geral de Depósitos". E lembra que um processo desta natureza "prejudica a TAP, que, sendo simultaneamente acionista e credora, será a última entidade a receber o que lhe é devido após a insolvência".
Importa lembrar, contudo, que já havia indícios de que o pagamento dos salários de maio estava comprometido ainda antes do pedido de insolvência. Na semana passada, logo após o pedido de insolvência apresentado pela TAP, Pedro Nuno Santos convocou os sindicatos da Groundforce para uma reunião, na qual justificou a decisão da TAP de avançar com o pedido de insolvência com o agravamento da situação financeira da Groundforce.
Segundo avançou então o Eco, o ministro terá comunicado aos trabalhadores, logo nessa altura, que, afinal, não havia liquidez suficiente para pagar os salários de maio, apesar de Alfredo Casimiro ter garantido que havia dinheiro em caixa.
O mesmo acontece no caso do financiamento pedido à CGD. O Banco Português de Fomento, a quem foi solicitada uma garantia pública para que a Groundforce pudesse obter um empréstimo de 30 milhões de euros junto da CGD, recusou conceder essa garantia muito antes de a TAP avançar com o pedido de insolvência da Groundforce. Em abril, recorde-se, soube-se que o Banco Português de Fomento recusou este pedido por considerar que não estava garantida a "disponibilidade financeira robusta dos acionistas da Groundforce" (ou seja, a Pasogal, detida por Alfredo Casimiro, e a TAP).
Num comunicado escrito na primeira pessoa, mas que não está assinado por Alfredo Casimiro, o acionista maioritário da Groundforce, a empresa de assistência aeroportuária começa por referir que entrou em contacto com o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, após o pedido de insolvência que deu entrada em tribunal.
No entender da Groundforce, um processo de insolvência irá comprometer "todos os esforços" que têm sido feitos para "salvar a empresa". São várias as implicações deste processo, que a Groundforce enumera.
Desde logo, a insolvência "pode conduzir à rutura operacional da empresa, ao afetar drasticamente a relação com os seus clientes, mas, sobretudo, com os seus fornecedores, que, perante essa decisão, ponderam suspender os fornecimentos, caso não haja pagamentos antecipados ou a pronto".
Ao mesmo tempo, "pode comprometer o pagamento dos salários de maio aos trabalhadores, até agora salvaguardado" e "vai dificultar a operação de venda que se encontra em curso com diversos 'players' internacionais do setor".
A Groundforce garante ainda que o pedido de insolvência "bloqueou o acesso ao financiamento de curto prazo junto da banca, com especial ênfase para a Caixa Geral de Depósitos". E lembra que um processo desta natureza "prejudica a TAP, que, sendo simultaneamente acionista e credora, será a última entidade a receber o que lhe é devido após a insolvência".
Importa lembrar, contudo, que já havia indícios de que o pagamento dos salários de maio estava comprometido ainda antes do pedido de insolvência. Na semana passada, logo após o pedido de insolvência apresentado pela TAP, Pedro Nuno Santos convocou os sindicatos da Groundforce para uma reunião, na qual justificou a decisão da TAP de avançar com o pedido de insolvência com o agravamento da situação financeira da Groundforce.
Segundo avançou então o Eco, o ministro terá comunicado aos trabalhadores, logo nessa altura, que, afinal, não havia liquidez suficiente para pagar os salários de maio, apesar de Alfredo Casimiro ter garantido que havia dinheiro em caixa.
O mesmo acontece no caso do financiamento pedido à CGD. O Banco Português de Fomento, a quem foi solicitada uma garantia pública para que a Groundforce pudesse obter um empréstimo de 30 milhões de euros junto da CGD, recusou conceder essa garantia muito antes de a TAP avançar com o pedido de insolvência da Groundforce. Em abril, recorde-se, soube-se que o Banco Português de Fomento recusou este pedido por considerar que não estava garantida a "disponibilidade financeira robusta dos acionistas da Groundforce" (ou seja, a Pasogal, detida por Alfredo Casimiro, e a TAP).