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Idade média dos autocarros na região de Lisboa vai descer para 6 anos
O concurso para o serviço de transporte rodoviário de passageiros na Área Metropolitana de Lisboa, dividido em quatro lotes, será adjudicado em agosto. Critério do preço pesa 85% e o da frota 15%.
A Área Metropolitana de Lisboa (AML) apresentou esta terça-feira o concurso internacional para a aquisição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros, no valor de 1,2 mil milhões de euros nos sete anos dos contratos, como o Negócios noticiou.
O concurso será dividido em quatro lotes – dois na margem Norte e dois na margem Sul do Tejo - , não podendo nenhum concorrente ganhar mais do que 50% do serviço que será adjudicado, o que significa que só pode vencer mais do que um lote se um deles for o lote 4, de menor dimensão.
Sérgio Pinheiro, diretor do departamento de gestão e planeamento dos sistemas de transporte e mobilidade, anunciou que a oferta do serviço que irá operar com a marca Carris Metropolitana será aumentada em mais de 40% face à atual, o equivalente a mais 26,8 milhões de quilómetros por ano.
O fator preço vai pesar 85% na escolha do vencedor, enquanto o critério da frota valerá 15%.
Para a frota é exigido que no arranque da operação não possa haver autocarros com mais de 16 anos, sendo a idade média exigida de oito anos. Já no quinto ano do contrato não serão admitidos veículos com mais de 12 anos, tendo a idade média de ser de 6 anos.
O responsável, que salientou que se trata do maior concurso do país, que triplica mesmo o segundo maior, adiantou ainda que os novos operadores terão ainda de cumprir um conjunto de exigências em termos de acessibilidades a pessoas com mobilidade reduzida e a cadeiras de rodas, assim como de serviço, desde informação a bordo, climatização ou wi fi, entre outros. Ao adjudicatário será ainda permitido a exploração de serviços ocasionais.
A remuneração aos operadores será paga pela produção quilométrica, havendo lugar a pagamentos mensais por conta. Trimestralmente serão feitos acertos de conta e anualmente o pagamento de bonificação por aumento da procura, ou seja, haverá partilha de benefícios pelo aumento da procura e combate à fraude.
O concurso que foi agora lançado deverá ser adjudicado em agosto, estando em seguida previsto um período transitório de 10 meses após a adjudicação para o início da operação.
Na cerimónia que marcou o arranque do concurso, onde marcou também presença o ministro do Ambiente, Fernando Medina, presidente do conselho metropolitano da AML, salientou que com a nova operação 2,7 milhões de portugueses terão acesso a melhor transporte público, salientando que o serviço vai reforçar ligações, cobrir novas zonas e assegurar mais pontualidade e fiabilidade.