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Governo espanhol prepara privatização da concessionária aeroportuária AENA

O Governo espanhol pretende abrir o capital do operador aeroportuário AENA a privados no próximo ano, disse a ministra do Desenvolvimento, Ana Pastor, em entrevista ao jornal El Mundo.

31 de Dezembro de 2012 às 14:20
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"A nossa intenção é que investidores privados possam fazer parte do capital da AENA no próximo ano", afirmou a ministra espanhola, em entrevista publicada hoje pelo jornal francês, citada pela France Presse.

 

A AENA - Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea, que opera um total de 73 aeroportos, dos quais 47 em Espanha, acumula dívida no valor de 14 mil milhões de euros, de acordo com a France Presse.

 

Em Outubro, a gestora aeroportuária espanhola anunciou um programa de rescisões voluntárias que afectou mais de 1.600 dos seus 15.000 funcionários.

 

O programa do Governo anterior, do socialista José Luis Rodríguez Zapatero, previa a privatização dos aeroporto de Madrid (Barajas) e de Barcelona (El Prat), mas o projecto foi adiado e depois abandonado, após a derrota nas eleições legislativas de Novembro.

 

Na passada quinta-feira, o Governo português decidiu vender a ANA -- Aeroportos de Portugal ao grupo francês Vinci, o que permitiu o encaixe para o Estado de 3.080 milhões de euros.

 

O chefe do Governo conservador espanhol, Mariano Rajoy, declarou na passada sexta-feira esperar um ano de 2013 "muito duro" para o país, em recessão, mas afirmou esperar que a situação económica melhore no segundo semestre.

 

"A economia espanhola vai continuar em recessão ainda por um algum tempo, mas esperamos que comece a recuperar na segunda metade do ano", acrescentou Rajoy, que voltou a afastar a possibilidade de um resgate financeiro internacional.

 

A quarta economia da zona euro entrou em recessão no final de 2011. No terceiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) de Espanha tinha recuado 0,3% relativamente ao trimestre anterior, já em contracção de 0,4%.

 

De acordo com as previsões do Banco de Espanha, a recessão deverá manter-se nos últimos três meses do ano e ameaça prolongar-se em 2013.

 

Para reduzir o défice público, o país aprovou um orçamento para 2013, que prevê recuperar 39 mil milhões de euros, através de aumentos de impostos e poupanças.

 

O programa de austeridade histórico é cada vez mais contestado pelos economistas, por ser visto como um travão à retoma e que é regularmente denunciado nas ruas de Espanha em manifestações populares.

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