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Ferroviários marcam greve para 13 e 17 de Abril, circulam 30% dos comboios

As associações sindicais dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário e das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária marcaram uma greve para 13 de Abril – próxima quinta-feira, antes da Sexta-feira Santa – e para 17 de Abril, segunda-feira a seguir à Páscoa.

Bruno Simão
07 de Abril de 2017 às 15:46
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As associações sindicais que representam o pessoal que trabalha nos quatro Centros de Comando Operacional da rede ferroviária nacional, integrados na Infraestruturas de Portugal (IP), marcaram uma greve nacional de 24 horas para os dias 13 de Abril e 17 de Abril - a quinta-feira antes da Páscoa e segunda-feira imediatamente a seguir. As associações exigem a criação de novas carreiras e o rejuvenescimento dos quadros.

Os serviços mínimos foram fixados esta quinta-feira entre as associações sindicais dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário (APROFER) das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e a Infraestruturas de Portugal e prevêem a circulação de pelo menos 30% dos comboios programados a nível nacional.

É nos quatro CCO - em Porto, Lisboa, Setúbal e Faro - que se faz o controlo da circulação ferroviária a nível nacional. De acordo com o presidente da Asembleia Geral da ASCEF, Rui Veríssimo, trabalham nestes centros 261 pessoas. Ao Negócios, o presidente da ASCEF, Joaquim Amador, explica que está também abrangido por esta paragem o pessoal da manutenção da IP - no total estarão em causa "cerca de mil trabalhadores".

Todos os serviços deverão ser afectados - urbanos, regionais e internacionais, e ainda os comboios da Fertagus e o serviço de mercadorias. Nos comboios de longo curso (onde se incluem os Alfa Pendular e Intercidades) serão realizadas, no dia 13, 26 das 73 viagens agendadas (35,6%), e 36,1% das marchas na segunda-feira, dia 17 (26 em 72).

No serviço regional, serão realizados 114 dos 364 comboios programados em cada um dos dias, ou seja, 31,3% do total.

No mesmo período está também marcada uma greve parcial dos vigilantes e seguranças privados que trabalham nos aeroportos portugueses, mas nesse caso a greve decorre ininterruptamente entre 13 e 17 de Abril.

Pessoal dos CCO ronda os 50 anos

Rui Veríssimo, da ASCEF, explicou ao Negócios que as duas associações decidiram convocar esta paragem porque desde que foram implantados os quatro CCO, "há cerca de 10 anos", ainda na antiga Refer (hoje IP), ficou por concretizar a "criação de carreiras específicas". Acresce que é necessário "um rejuvenescimento do pessoal, que tem uma média etária se situa nos 50 anos e uma taxa média de trabalho extraordinário de 25%".

No comunicado distribuído à imprensa, as duas associações sindicais dizem que "é cada vez mais difícil encontrar capacidade de resposta interna, encontrando-se actualmente os serviços de Comando e Controlo de Circulação em ruptura iminente".

Tanto Rui Veríssimo como Joaquim Amador mostram-se disponíveis para desconvocar esta paralisação, desde que se avance para a "mobilidade interna e recrutamento externo", para a "especificação e diferenciação das carreiras" e para a "introdução de mecanismos de avaliação contínua do Impacto Psicofísico e Social na prestação dos serviços nestes contextos e consequente redução temporal do horário de trabalho".

O Negócios solicitou um comentário à Infraestruturas de Portugal e está a aguardar uma resposta.


Notícia actualizada com mais informação às 16:16
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