As duas associações representativas do pessoal que trabalha nos Centros de Comando Operacional da ferrovia nacional, que estão integrados na Infraestruturas de Portugal, decidiram desconvocar a greve de 24 horas que tinham marcado para os dias 13 e 17 de Abril. O entendimento com a IP foi alcançado no passado dia 10 de Abril. A circulação de comboios, que deveria ficar fortemente condicionada com a greve, vai assim efectuar-se com normalidade nestes dois dias.

A greve foi convocada pelas associações sindicais dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário (APROFER) das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), que representam os 261 trabalhadores que trabalham nos quatro Centros de Comando Operacional existentes em território continental, que controlam a circulação de comboios. De acordo com Rui Veríssimo, presidente da Assembleia Geral da ASCEF, chegou-se a acordo quanto à possibilidade de existir "uma diferenciação das carreiras dos trabalhadores dos Centros de Comando Operacional".

Adicionalmente, vai iniciar-se "a 26 de Abril a discussão do Acordo Empresa" e foram dadas garantias de que será "desbloqueada a mobilidade interna" bem como o início do "recrutamento externo" de pessoal, que deverá iniciar-se ainda no primeiro semestre deste ano (ou seja, até final de Junho). Não ficou fechado o número de funcionários necessários, mas Rui Veríssimo diz que rondarão "algumas dezenas".

A concretização da greve nos dias em que esteve marcada iria coincidir com a realização da greve parcial do pessoal de segurança nos aeroportos portugueses, que irá realizar-se entre entre esta quinta-feira, dia 13, e a próxima segunda-feira, dia 17. O que significa que irá coincidir com o fim-de-semana de Páscoa, que se assinala no próximo domingo.

Ao Negócios, fonte oficial da IP disse não ter sido oficialmente informada da desconvocação da paralisação.