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CP espera até amanhã que greve dos ferroviários seja desconvocada
A Comboios de Portugal diz-se "preocupada" com a anunciada greve dos controladores de tráfego ferroviário, marcada para os dias 13 e 17 deste mês. Mas só amanhã bloqueia a venda de bilhetes, à espera que seja desconvocada.
A CP só tomou conhecimento esta sexta-feira dos serviços mínimos definidos para a greve dos controladores de tráfego ferroviário, que está marcada para os dias 13 e 17 deste mês – quinta-feira santa e segunda-feira a seguir à Páscoa. Fonte oficial da empresa mostra-se "preocupada com o impacto que a greve poderá ter nos clientes", principalmente porque está agendada para "dois dias que são críticos, de idas e regressos para celebrar a Páscoa".
Adicionalmente, esta greve coincide com uma outra greve, esta parcial, do pessoal de segurança dos aeroportos portugueses, que decorre entre 13 e 17 de Abril.
Os serviços mínimos nos diversos serviços ferroviários da CP, que garantem a realização de sensivelmente 30% das viagens que estão programados a nível nacional. No longo curso, está garantida a realização de 35,6% das viagens de Alfa e Intercidades na quinta-feira, dia 13, e de 36,1% das marchas agendadas para segunda-feira, dia 17.
Ainda assim, a companhia pública, que diz ser "alheia" à paralisação, "não bloqueou a venda de bilhetes dos comboios que não se prevêem realizar" a "pedido das entidades envolvidas nas negociações", na "esperança e expectativa" de que a greve seja desconvocada. "A CP vai esperar até final do dia de hoje [sexta-feira]". Após esse período, "avançará para o bloqueio da venda de bilhetes dos comboios que não se prevêem realizar", acrescenta a mesma fonte.
Tanto Rui Veríssimo como Joaquim Amador, dirigentes da Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), mostram-se disponíveis, ao Negócios, para desconvocar esta paralisação, desde que sejam respeitadas as reivindicações das estruturas que a convocaram.