O plano de investimentos ferroviários Ferrovia 2020 já tem no terreno obras no valor de 58 milhões, estando previstos lançar este ano concursos para projectos que totalizam os 184,5 milhões de euros.

Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal (IP) adianta que entre os concursos que vão avançar nos próximos meses conta-se a empreitada Elvas-Caia (Fronteira), com um preço base de 18,5 milhões de euros, que será lançado até final do primeiro trimestre.

Está igualmente previsto o lançamento durante o mês de Março, do concurso para a empreitada de electrificação Viana-Valença, com um preço base de 23 milhões de euros.

Já no quarto trimestre do ano deverá ser consignada a obra de modernização do troço Covilhã-Guarda, na Linha da Beira Baixa, com um preço base de 65 milhões de euros.

A IP destaca ainda, relativamente a intervenções em fase de projecto, o de execução da electrificação da Linha do Algarve num investimento de cerca de 32 milhões de euros, assim como o de modernização do troço Marco de Canaveses – Régua, na Linha do Douro, num valor da ordem dos 46 milhões de euros.

O Ferrovia 2020, lançado em 2016, visa a requalificação da rede ferroviária nacional, compreendendo a construção de mais de 200 quilómetros de novas linhas e a modernização de cerca de 900 quilómetros das linhas existentes, ou seja, cerca de 35% da actual rede ferroviária.

O investimento total previsto é de 2,7 mil milhões de euros no prazo de cinco anos, contando com co-financiamento europeu.

De acordo com a IP, actualmente estão em fase de execução seis empreitadas num valor global superior a 58 milhões de euros.

A empreitada de supressão da passagem de nível em Midões, Barcelos, no âmbito do projecto de electrificação da Linha do Minho, com um custo de 800 mil euros, foi a primeira a avançar tendo já sido concluída.

Em curso está o projecto de concepção e construção da subestação de tracção eléctrica de Vila Fria, no âmbito da electrificação e reabilitação do troço Nine-Viana do Castelo-Valença, na Linha do Minho, com um custo de 3,5 milhões de euros, que foi adjudicado à Efacec/ABB.

Já a empreitada de reabilitação integral da via do troço Alfarelos-Pampilhosa na Linha do Norte, no valor de 30,5 milhões de euros, foi adjudicada ao consórcio Opway/DST.

Entregues à Thales foram os trabalhos de sinalização de apoio à reabilitação integral da via da Linha do Norte Alfarelos-Pampilhosa, com um custo associado de 1,1 milhões de euros.

A empreitada de electrificação do troço Caíde-Marco, da Linha do Douro, num investimento de 6,2 milhões de euros, foi adjudicada à empresa Isolux Corsan.

Por fim, a electrificação da Linha do Minho entre Nine e Viana do Castelo, incluindo estações técnicas, com um investimento de 16 milhões de euros, foi adjudicado no final de Janeiro ao consórcio Mota-Engil/Somafel.