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CP acorda aumento salarial com 12 sindicatos

A empresa pública chegou a um acordo de princípio com 12 sindicatos, ficando de fora do entendimento as três estruturas que convocaram a paralisação desta segunda-feira. Entre outras matérias, ficou previsto um aumento salarial superior ao da Função Pública.

Apesar da redução das queixas em cerca de metade, a CP continua a ser o operador mais visado pelos passageiros.
Bruno Colaço
16 de Maio de 2022 às 14:21
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A CP – Comboios de Portugal anunciou esta segunda-feira que chegou a acordo com a larga maioria dos sindicatos que representam os trabalhadores da empresa, com vista à revisão dos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, que envolve, entre outras matérias, um aumento salarial para todos os trabalhadores de 0,9%, com efeitos retroativos a 1 de janeiro, e a integração dos trabalhadores da ex-EMEF na tabela salarial da empresa.

Em comunicado, o conselho de administração da CP salienta que este acordo, "para além de permitir uma maior valorização salarial aos trabalhadores da empresa, proporcionará um aumento salarial superior ao definido pelo Governo para a Função Pública".

O acordo de princípio para os instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho foi assinado por 12 sindicatos (ASCEF, FENTCOP, SERS, SIFA, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINFB, SIOFA, SMAQ, SNAQ E STMEFE).


A esmagadora maioria, acrescenta na mesma nota, já assinou no passado dia 13 de maio o Acordo de Empresa e o Regulamento de Carreiras e os restantes comprometeram-se a assinar nos próximos dias.

Estes 12 sindicatos, refere ainda a administração da empresa pública, representam 71% dos trabalhadores sindicalizados da CP.

 

Já a greve que está a decorrer durante esta segunda-feira foi convocada por três sindicatos que não aceitaram este acordo.

Dos resultados alcançados na negociação, a gestão da CP salienta o aumento salarial para todos os trabalhadores de 0,9%, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022, a redução da duração das carreiras, mediante tempos mínimos de permanência, para mudança de índice, com o máximo de 4 anos, a eliminação de sobreposições de índices salariais entre categorias e respetivas categorias de chefia, a uniformização do subsídio de refeição para 7,74 euros, o aumento do irev (componente do prémio de revisão diário) para 0,80 euros e aumento no abono de falhas para venda em postos de venda fixos.

O acordo inclui ainda, entre outras matérias,  a integração dos trabalhadores da ex-EMEF na tabela salarial da CP, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022 e a aplicação aos trabalhadores da ex-EMEF das regras consagradas no Acordo de Empresa da CP relativamente a organização do trabalho, abonos e variáveis retributivas, salvo manutenção das anuidades e da 6ª diuturnidade por quem já as tem.

O novo Acordo de Empresa e estas revisões "não abrangerão os trabalhadores que sejam filiados em sindicatos que não os outorgaram ou a eles não adiram", refere o conselho de administração no mesmo comunicado, acrescentando que os trabalhadores não filiados em sindicatos "devem aderir individualmente ao mesmo acordo, no prazo três meses após publicação no Boletim de Trabalho e Emprego, para que este lhes seja aplicável".

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