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Cabify prevê manter tarifas apesar dos encargos com a lei Uber
A Cabify Portugal espera manter as tarifas cobradas aos clientes apesar do impacto que a nova lei que regula o transporte de passageiros em viaturas descaracterizadas, a chamada Lei Uber, venha a ter em termos de custos para a empresa.
Segundo Nuno Santos, director-geral da Cabify Portugal, a contribuição prevista na lei (entre 0,1% a 2% da facturação), criada através da nova legislação para este sector, é perfeitamente "comportável", lembrando que a Cabify propôs a criação dessa contribuição.
"O mais importante é definir a forma como serão utilizadas as verbas arrecadadas com a contribuição, devendo ser devolvidas às cidades, promovendo a mobilidade. Defendemos que a lei seja desenhada por forma a proteger o investimento", afirmou o responsável durante uma conferência de imprensa onde apresentou uma nova forma de pagamento para os seus clientes: o multibanco a bordo.
Globalmente, o líder da Cabify diz-se "satisfeito" com a nova lei, destacando que a regulamentação traz mais segurança ao sector e acreditando que a concorrência será forte mas feita de forma saudável.
"Esta lei exigirá algumas adaptações, mas com o nosso modelo de negócio, que aposta na qualidade e na excelência, acreditamos que sairemos reforçados face à concorrência", afirmou. "Esse foco na qualidade permite-nos estar mais preparados", reforçou.
Nuno Santos revelou ainda que o segmento corporate, a Cabify Empresas, representa cerca de 30% do total da facturação. Este segmento contabiliza cerca de dois mil utilizadores por semana.
A Cabify Portugal conta actualmente com mais de 160 mil utilizadores registados. A Cabify está presente em 11 países, incluindo Espanha, Brasil e Argentina.