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Brisa mantém atual administração em funções
A assembleia geral da empresa liderada por Vasco de Mello, realizada esta terça-feira, não tomou decisões sobre a eleição dos órgãos sociais para o novo triénio por não ter ainda a aprovação da Concorrência europeia à venda que ditará uma alteração acionista.
A Brisa, que tinha agendada para esta terça-feira a continuação da assembleia geral anual realizada a 6 de maio para a eleição dos órgãos sociais para o triénio 2020-2022, vai manter a atual administração em funções.
Ao Negócios, fonte oficial da empresa liderada por Vasco de Mello explicou que, "na ausência de decisão da autoridade europeia de concorrência sobre a operação de venda, não estão reunidas as condições para a apresentação de uma lista dos órgãos sociais, para o novo triénio". Por essa razão, acrescentou, "a assembleia não tomou qualquer deliberação sobre esta matéria", razão pela qual, "para já, os atuais órgãos sociais manter-se-ão em funções."
Na assembleia geral de maio a Brisa suspendeu a discussão desse ponto da ordem de trabalhos, agendando a continuação da reunião de acionistas para 31 de julho, tendo voltado a ser adiada.
Em abril o grupo José de Mello e o fundo Arcus anunciaram ter chegado a acordo para a venda de 81,1% da Brisa a um consórcio constituído pelos holandeses da APG, os coreanos da NPS e os suíços da SLAM.
O grupo José de Mello vai manter uma posição representativa de 17% dos direitos de voto e Vasco de Mello passará a ser chairman. O ex-ministro da Economia António Pires de Lima tem sido o nome apontado para o lugar de CEO.
A operação de venda ficou condicionada à obtenção da aprovação da Concorrência europeia (DG Comp), que já confirmou ter sido notificada em finais de agosto e prevê, como prazo provisório, tomar uma decisão até ao dia 29 de setembro.