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APG, NPS e Swiss Life já são donos de 81,1% da Brisa e prometem investir 1,2 mil milhões
Com a conclusão da operação, Vasco de Mello passa a presidente do conselho de administração e António Pires de Lima é nomeado CEO. Os novos donos reafirmam intenção de investir 1,2 mil milhões de euros em 15 anos na Brisa.
O consórcio liderado pela APG Asset Management concluiu esta terça-feira a aquisição de 81,1% do capital da Brisa, assumindo António Pires de Lima o cargo de CEO e Vasco de Mello o de "chairman".
Em comunicado, o agrupamento que integra a APG, o Serviço Nacional de Pensões da República da Coreia (NPS) e a Swiss Life anunciou a conclusão da operação de compra da maioria do capital da Brisa ao grupo José de Mello e ao fundo Arcus por um valor da ordem dos 2,4 mil milhões de euros, assim como a alteração na gestão.
Foi a 28 de abril passado que o consórcio celebrou um acordo de aquisição de uma participação maioritária na Brisa, num negócio que valoriza esse ativo em mais de três mil milhões de euros.
Citado no comunicado, Jan-Willem Ruisbroek, responsável pela Estratégia Global de Investimento em Infraestruturas da APG, sublinha a intenção de começar a trabalhar "de forma a reforçar a posição da Brisa como referência internacional no setor das infraestruturas e para dar continuidade aos planos de crescimento e de desenvolvimento da empresa, tanto nos seus negócios atuais como futuros".
"A Brisa é um investimento de longo prazo para o consórcio e representa um sinal de confiança em Portugal e na economia portuguesa, num contexto de grande adversidade", diz ainda Ruisbroek, acrescentando que "o consórcio tem capital disponível para fazer o negócio crescer e espera investir mais de 1,2 mil milhões de euros, nos próximos 15 anos, na manutenção e melhoria da rede rodoviária e no desenvolvimento de novas soluções de mobilidade".
Já António Pires de Lima, o novo CEO, garante na mesma nota que estará "focado na criação de oportunidades que venham acrescentar valor aos nossos stakeholders, incluindo o Estado Português e todos os nossos clientes, de acordo com as melhores práticas de ESG [Environment, Social and Governance]".
Frisando ser "uma honra e um desafio ser CEO da Brisa num momento difícil para a economia portuguesa e mundial", o novo presidente executivo afirma ainda o "entusiasmo" de começar a trabalhar "para ir ao encontro das mudanças que estão a acontecer na área da mobilidade, que vão levar à convergência dos transportes, energia e telecomunicações numa experiência única para os nossos clientes."
Vasco de Mello, presidente do grupo José de Mello e agora "chairman" da Brisa, refere, citado no mesmo comunicado, que a "dimensão das três entidades que constituem o consórcio comprador, a visão de longo prazo que têm para os seus investimentos e a sua experiência acumulada no setor das infraestruturas permitirão à Brisa continuar os seus planos de crescimento e desenvolvimento".