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AR aprova por unanimidade extensão das linhas de Metro de Gaia, Gondomar e Trofa
A Assembleia da República aprovou esta quinta-feira por unanimidade uma proposta do PCP que recomenda ao Governo o prolongamento das linhas do Metro do Porto em Gaia, Gondomar e Trofa.
"Foi aprovado por unanimidade", afirmou à Lusa, no final da votação do Projecto de Resolução n.º 167, o deputado do PCP Jorge Machado, segundo o qual serão ainda apresentadas declarações de voto pelo PS e CDS.
A recomendação defende o início da construção da ligação do ISMAI à Trofa, no prolongamento da Linha C, até ao final de 2017 e "que sejam tomadas as medidas necessárias para a planificação que conduza ao prolongamento da Linha D (Amarela) até Vila D'Este (Vila Nova de Gaia" e da Linha F (Laranja) até Gondomar.
No documento o PCP refere que "o alargamento da linha do Metro do Porto é uma justa aspiração de muitas populações do distrito do Porto há já vários anos" e lembra que "há 14 anos a população da Trofa ficou sem o comboio e com a promessa (nunca cumprida) de, no seu lugar, ser garantida a mobilidade com o alargamento da linha do Metro do Porto".
De igual forma, "há mais de 10 anos que os concelhos de Gondomar e Vila Nova de Gaia esperam que o metro chegue a Gondomar e Vila D'Este". "Assim, o prolongamento da linha do metro até Vila D'Este e Gondomar assume-se como uma prioridade política, em conjunto com o prolongamento da linha do metro até à Trofa, considerando o que significaria para estas populações e para a economia regional", defendem os comunistas.
Para o PCP "a actual rede de metro está incompleta e não serve as necessidades das populações enquanto não forem concretizados os devidos prolongamentos". "Considerando o direito à mobilidade destas populações, entendendo que os prolongamentos das linhas até à Trofa, Gondomar e Vila D'Este são da mais elementar justiça para responder às necessidades da região, o PCP apresenta este Projecto de Resolução", justificam.
O Plano Nacional de Reformas prevê uma expansão total de nove quilómetros nas redes nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, num investimento total de 400 milhões de euros.
Suspensa pelo Governo em 2011, a segunda fase de expansão da Metro do Porto integra cinco linhas com quase 38 quilómetros de extensão e com um custo global de cerca de mil milhões de euros.
A decisão sobre quais as linhas que vão avançar está nas mãos da Metro do Porto, que tem o Estado como accionista maioritário e as autarquias como accionistas minoritários.
Em Maio, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, revelou ter sido informado pelo Governo de que estão reservados 240 milhões de euros para expandir o metro na Área Metropolitana.
O autarca notou que a administração da Metro ia "fazer uma análise custo-benefício" das várias linhas previstas na Área Metropolitana do Porto, dizendo acreditar que, em face desse critério, o concelho do Porto não ficaria "de fora".
Moreira destacou ainda que a verba destinada ao metro do Porto terá de dar resposta às ambições de outros municípios, como Gaia, Gondomar ou Matosinhos.
Os cinco percursos programados são a linha do Campo Alegre (Porto), a ligação ao Hospital de São João via São Mamede de Infesta (Matosinhos), Valbom (Gondomar), Trofa e Vila d'Este (Gaia).