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Antigo líder da Uber acusado de fraude por investidor
A Benchmark Capital acusa Travis Kalanick de ter criado três novos lugares no conselho de administração para assim facilitar um eventual regresso à empresa. O antigo líder da Uber ocupa uma dessas cadeiras mesmo depois de ter deixado o cargo.
O antigo CEO da Uber, Travis Kalanick, está a ser processado por um dos principais investidores da aplicação de transporte.
A Benchmark Capital, dona de 13% da companhia norte-americana, acusa Kalanick de ocupar os lugares do conselho de administração com aliados "de uma forma fraudulenta", preparando assim o caminho para um eventual regresso.
"O objectivo geral de Kalanick é encher o conselho da Uber com aliados leais, num esforço para retirar a sua conduta anterior do escrutínio e abrir caminho para um eventual retorno como CEO", pode ler-se nas acusações citadas pela imprensa internacional.
A Benchmark Capital quer que os três lugares criados recentemente no conselho de administração da Uber sejam eliminados. Um desses lugares é ocupado pelo próprio Kalanick, que deixou o cargo em Julho, depois de uma série de escândalos relacionados com a cultura empresarial da Uber, em particular casos de assédio sexual e plágio nos projectos de condução autónoma.
Um porta-voz do antigo líder da Uber reagiu, considerando o processo de ser algo "completamente sem mérito". Já a empresa, avaliada em cerca de 70 mil milhões de dólares e ainda sem novo CEO, optou por não tecer comentários.
A Uber está também presente em Portugal. Neste momento, a empresa aguarda a aprovação da nova lei que enquadrará os serviços de transporte em veículos descaracterizados a partir de plataformas como a própria Uber ou a Cabify.