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Alex Cruz abandona o cargo de CEO da British Airways durante a "pior crise do setor"

Alex Cruz, presidente executivo da British Airways (BA), abandonou a chefia da empresa numa fase em que o setor da aviação enfrenta a sua pior crise, com milhares de empregos em risco.

A IATA estima perdas de receitas até 113 mil milhões de dólares para a aviação. Um terço deste valor poderá ser registado nos principais mercados europeus.
Miguel Baltazar
12 de Outubro de 2020 às 11:24
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Alex Cruz, que liderava a British Airways (BA) desde 2016, colocou o seu cargo à disposição, depois de ser duramente criticado pela forma como lidou com os 12 mil despedimentos, numa fase em que a companhia aérea passa por um período particularmente exigente devido à pandemia da Covid-19.

De acordo com a International Airlines Group (IAG), Cruz liderou a BA numa fase "particularmente dificil", em que a empresa se viu obrigada a reestruturar o negócio e procurar colmatar as falhas sentidas.

A empresa encontra-se numa fase de mudanças dentro da administração, segundo Gallego, atual presidente do IAG (holding que controla a BA). Para enfrentarem a maior crise vivida na indústria serão realizadas diversas alterações, que garantam a estabilidade da empresa, para que esta seja capaz de enfrentar os custos da crise e a redução de voos.

A British Airways já tem um substituto para o cargo de Cruz. O novo CEO da BA será Sean Doyle, que apesar de vir da transportadora irlandesa Aer Lingus, já trabalhou outrora na BA durante vinte anos.

Embora já tenha sido anunciada a alteração, Alex Cruz irá permanecer na empresa como diretor não executivo durante "um período de transição", antes do cargo ser assumido por Doyle.

Em setembro, a companhia aérea anunciou que já existiam progressos nas suas negociações com os sindicatos, quanto aos salários e à reacionalização dos custos. Todavia, a BA estima que 13 mil pessoas percam os seus postos de trabalho, numa fase em que já foram dispensados mais de 8 mil funcionários.

De acordo com as estatísticas mensais de passageiros publicadas pelo aeroporto Heathrow, no mês de setembro registou-se uma redução de 5,5 de passageiros, ou seja 82%, face ao período homólogo de 2019. Estes valores sublinham a gravidade da crise sentida pelo setor da avição, que espera aos poucos recuperar e voltar à normalidade.

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