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500 milhões adicionais para a TAP "não são o pior cenário"
João Leão, ministro das Finanças, admitiu que a garantia a um empréstimo à TAP de 500 milhões de euros inscrita no Orçamento do Estado para 2021 não é o pior cenário. Plano de reestruturação deve chegar a Bruxelas em novembro.
Este ano o Estado vai dar um empréstimo de 1.200 milhões de euros à TAP, e para 2021 já se antecipa uma garantia a um financeiro de terceiros de 500 milhões de euros.
João Leão, ministro das Finanças, admitiu, na conferência de imprensa onde explicou a proposta do Orçamento do Estado para 2021, que nem é o pior cenário.
"A pandemia é determinante para evolução setor. E não sabemos a evolução da pandemia e o plano reestruturação não está aprovado", especificou.
Assim, os 500 milhões adicionais para a TAP é um "valor ainda indicativo e referencial", já que está a ser trabalhado de forma "intensa" o plano de reestruturação, que será submetido a Bruxelas, "e deverá prever a melhoria da atividade e da eficiência operacional e uma dimensão de melhoria financeira da empresa", salientou João Leão, concretizando que, "nesse sentido, apenas na sequência do plano de reestruturação e face à evolução da pandemia teremos o valor mais certo do que será preciso ajudar à liquidez da empresa".
Miguel Cruz, secretário de estado do Tesouro, especificou que o plano de reestruturação tem de ser entregue até meados de dezembro, mas espera-se que possa chegar a Bruxelas antes. "O plano de reestruturação está em elaboração", disse Miguel Cruz, acrescentando que "a expectativa é que esteja concluído mais cedo e possa vir a ser apresentado ainda durante o mês de novembro".
O secretário de Estado lembrou "a crise severa" do setor da aviação, estando a ser revisto em baixa as projeções para o setor.