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Pedro Nuno Santos: 1.600 trabalhadores vão sair da TAP até ao fim do ano
O ministro das Infraestruturas disse no Parlamento que até agora já saíram 1.200 trabalhadores da companhia aérea e que até ao fim do ano esse número atingirá os 1.600.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, adiantou esta quinta-feira no Parlamento que já saíram da TAP 1.200 trabalhadores e que até ao final do ano essas saídas atingirão os 1.600.
Questionado por Isabel Pires, do Bloco de Esquerda, se em causa está a saída de 1.500 tripulantes do bordo, o governante garantiu tratar-se de um número "sem adesão à realidade", já que corresponderia a 80% do pessoal de bordo.
Sobre o plano de reestruturação que a companhia aérea terá de entregar em Bruxelas até 10 de dezembro, Pedro Nuno Santos salientou que os prazos serão cumpridos, podendo até ser antecipados, acrescentando que os objetivos do documento "são garantir a sustentabilidade a companhia aérea".
"Teremos de encontrar soluções que nos ofereçam, num quadro de elevada incerteza, as garantias mínimas de sustentabilidade da empresa. A melhor forma de garantirmos emprego é ter companhia sustentável", afirmou.
O ministro escusou-se a antecipar conclusões "de um trabalho que está a ser feito, mas frisou que no âmbito do processo de reestruturação será feito um "redimensionamento da empresa" com "impacto em todas as áreas". "Não podemos fazer de outra maneira, mantendo empregos que depois não têm trabalho", disse.
Pedro Nuno Santos disse que a TAP está a operar a 30% mas "vai subir ligeiramente", frisando que isso não acontece porque o deseja mas porque "não tem procura, não tem clientes". Aliás, apontou que em algumas rotas estão a operar com lotação inferior a 50%, o que é insuficiente para que sejam viáveis.
Sobre a escolha da Boston Consulting Group, Pedro Nuno Santos frisou que o processo de reestruturação "é complexo e não se faz sem uma empresa de consultoria especializada na área".