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Tripulantes da TAP avançam para sete dias de greve no final do mês

Sindicato pretende dar "nota cabal à empresa" da "união em torno do descontentamento". Marca, por isso, uma greve de sete dias, entre 25 e 31 de janeiro, mais dois dias do que o inicialmente previsto.

O anúncio da greve levou a TAP a cancelar 360 voos.
Miguel Baltazar
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O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) fez um pré-aviso de greve para os dias 25 a 31 de janeiro, inclusive. Inicialmente, os tripulantes tinham a intenção de avançar para cinco dias de greve, mas o pré-aviso prevê sete dias de paralisação.

No comunicado enviado aos seus associados, a que o Negócios teve acesso, o presidente da mesa da assembleia-geral, Ricardo Andrade, diz ter sido "informado pela direção do SNPVAC que dará amanhã [10 de janeiro] entrada um pré-aviso de 7 (sete) dias de greve, correspondente aos dias 25 a 31 de janeiro".

"Apelo, desde já, à adesão de todos para que, mais uma vez, possamos dar nota cabal à empresa da nossa união em torno do descontentamento relativamente às matérias abordadas e deliberadas na AG de dia 3 de novembro, que constituem as nossas reivindicações legítimas e responsáveis", afirma ainda.

Esta segunda-feira de manhã, o presidente do sindicato, Ricardo Penarroias, salientou ao Negócios que "é cada vez mais diminuta" a "justificação para o Acordo Temporário de Emergência", tendo em conta os sinais do Governo que apontam para resultados positivos da TAP no ano passado. E considerou ser "imperativo" que a empresa e o Governo "assumam a redução dos cortes, nomeadamente nos salários".

Hoje, está em vigor, em média, uma redução de 25% nas remunerações acima de 1.410 euros mensais, na sequência do programa de emagrecimento a que a empresa está sujeita desde que recebeu apoios do Estado.

A TAP e os seus tripulantes não se entendem sobre a revisão do Acordo de Empresa, que está em vigor há quase duas décadas, desde 2006, e o falhanço das negociações levou o SNPVAC a avançar para uma greve de dois dias na primeira quinzena de dezembro (dias 8 e 9), levando a companhia a cancelar 360 voos, com perdas de receita de 8 milhões de euros. Desde então ficou também em cima da mesa uma ameaça de paralisação adicional de cinco dias, a realizar até 31 de janeiro.

Nesse período, o sindicato chegou a admitir deixar cair os cinco dias extra de greve e garantiu estar disponível para negociar com a administração da TAP. Mas a 29 de dezembro, a assembleia geral dos tripulantes decidiu chumbar a última proposta apresentada pela administração da empresa, decidindo mesmo avançar para cinco dias de greve. Só que, esta segunda-feira, acaba por acrescentar dois dias de paralisação, marcando a greve para a última semana do mês.
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