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Tripulantes da TAP avançam para cinco dias de greve até 31 de janeiro

Os tripulantes da TAP vão mesmo avançar para cinco dias de greve até 31 de janeiro, com datas ainda por marcar. A nova proposta da companhia recolheu 615 votos contra, seis votos a favor e uma abstenção.

29 de Dezembro de 2022 às 13:14
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A assembleia geral dos tripulantes que decorreu esta manhã chumbou a última proposta apresentada pela TAP para um novo Acordo de Empresa. De acordo com os números do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) a nova proposta da companhia recolheu 615 votos contra, seis votos a favor e uma abstenção.

Desta forma, os tripulantes vão mesmo avançar para greve de cinco dias com datas ainda por marcar, sendo que o protesto irá decorrer até 31 de janeiro. 

   
Depois da greve nos dias 8 e 9 de dezembro continuaram em curso as negociações entre a companhia e o SNPVAC e a TAP apresentou uma nova proposta aos tripulantes que não foi suficiente para impedir a greve.


Em comunicado aos associados sobre a convocatória da assembleia geral, o SNPVAC já tinha feito saber que "não acompanha o entusiasmo da CEO", que esperava travar a greve. No entanto, o sindicato que representa os tripulantes de cabine reconhece que "as reuniões têm decorrido na base do diálogo, com os avanços e recuos normais destas negociações".


Os valores salariais são o principal ponto que tem separado  a TAP dos tripulantes. Os trabalhadores continuam com um corte salarial de 25% acima dos 1.410 euros e acusam a empresa de calcular os novos vencimentos com base nos valores com os cortes e não com os montantes pagos antes do Acordo de Emergência.


O proposta da TAP foi votada pelos tripulantes numa altura em que decorre a polémica da indemnização de 500 mil euros paga à antiga administradora Alexandra Reis. "É frustrante nós estarmos em negociações com a empresa e, apesar dos esforços que tem havido, depois vermos estas notícias", disse o presidente do SNPVAC, Ricardo Penarróias, em declarações à CNN Portugal. "A rigidez que a empresa tem, a tutela que se defende constantemente com o plano de reestruturação, mas na verdade, e no final de contas, nós estamos a discutir tostões para outros ganharem milhões", acrescentou.


Na paralisação dos tripulantes que decorreu nos dias 8 e 9 de dezembro, a TAP cancelou 360 voos que provocaram perdas de 8 milhões de euros em receitas.   

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