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TAP regista 37 voos atrasados por dia por restrição de capacidade
Antonoaldo Neves considerou no Parlamento que o problema de pontualidade em Portugal “é crónico”, mas avisou que a TAP não sobrevive sem pontualidade porque é companhia de conexão.
O presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, adiantou no Parlamento que desde 28 de Agosto a companhia aérea tem registado uma média de 37 voos por dia com atrasos "por restrição de capacidade".
O responsável, que reafirmou que em Agosto não houve voos cancelados por falta de tripulação, responsabilizou a capacidade da infra-estrutura pelos problemas de pontualidade. Indicou que no passado dia 11 foram 34 os voos afectados e no dia 10 um total de 42. "No dia em que são 40 a pontualidade da TAP é de 50%", acrescentou.
"O problema da pontualidade em Portugal é crónico", afirmou Antonoaldo Neves na sua intervenção inicial na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, salientando que em Lisboa a companhia tem o 21.º pior registo e no Porto o 24.º.
"Enquanto nós como país não reconhecermos que há problema de infra-estrutura não conseguimos resolver o problema", disse, acrescentando que "o problema de pontualidade é sistémico" e que "as companhias têm condições para melhorar mas há um limite para isso".
De acordo com Antonoaldo Neves, "a TAP não sobrevive sem pontualidade porque é uma companhia de conexão e quem perde a conexão não voa mais na TAP, sem conectividade o cliente vai por Espanha". Em sua opinião, esta situação "inviabiliza o crescimento da aviação em Portugal".
Antonoaldo Neves destacou ainda as limitações do taxiway, a falta de estacionamento, a saturação do sistema de bagagem e da alfândega.