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Antonoaldo Neves: “TAP tem de olhar para a Ásia daqui a 5 anos”
O CEO da TAP considera que a companhia aérea tem de se concentrar neste momento nos EUA onde tem vantagem competitiva e procura. A Ásia só estará nos planos daqui a cinco anos.
O presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, considera que a companhia aérea tem de olhar para a Ásia mas "daqui a cinco anos".
Ouvido na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, o responsável explicou que a transportadora está "a concentrar esforços hoje nos EUA onde tem vantagem competitiva", salientou, explicando que esses destinos custam à companhia portuguesa menos do que à concorrência isto porque o facto de a "TAP estar em Portugal [torna] a viagem mais curta".
"Na Ásia não tínhamos essa vantagem competitiva e a procura também não é a mesma", afirmou.
Antonoaldo Neves realçou no Parlamento que a companhia tem 40 novos potenciais destinos para os próximos anos e que em 2020 chegará aos 118 aviões, num investimento de 1,5 mil milhões de euros. Até 2025, disse ainda, o investimento chegará a 3 mil milhões de euros, o que "vai gerar mais 7 milhões de clientes", ou seja, "dois milhões de turistas adicionais para Portugal".
No final deste ano, a TAP conta ultrapassar os 18 milhões de passageiros transportados.
Na audição, Antonoaldo Neves salientou por várias vezes que a TAP não é uma companhia low cost, considerando que essa é uma visão "infundada e que prejudica a nossa imagem".
"Uma empresa que oferece vinho na classe económica em todos os voos para a Europa não é low cost", afirmou.