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TAP pagou à mulher de Medina bónus de dois salários por oito meses de trabalho
A ex-diretora jurídica da TAP, onde ingressou em maio de 2018 e tinha um ordenado de cerca de 9.500 euros brutos por mês, foi contemplada com um bónus de 19.570 euros relativo ao ano em que a companhia teve um prejuízo de 118 milhões de euros.
"Por oito meses de trabalho como directora jurídica na TAP, em 2018, a mulher de Fernando Medina terá recebido um prémio equivalente a mais de dois salários mensais: em maio de 2019, um ano após ter ingressado na companhia aérea, Stéphanie Sá da Silva terá sido contemplada com um bónus na ordem de 19.570 euros", revela o Correio da Manhã, este sábado, 18 de março.
A mulher do atual ministro das Finanças e ex-presidente da Câmara de Lisboa tinha na TAP um ordenado de cerca de 9.500 euros brutos por mês, tendo ingressado na companhia aérea em 1 de maio de 2018 por convite do accionista privado Atlantic Gateway, refere o mesmo jornal.
No ano de entrada de Stéphanie Sá da Silva, a TAP registou prejuízos de 118 milhões de euros, tendo no ano em que foi atribuído o prémio salarial (2019) contabilizado um resultado negativo de 105,6 milhões de euros.
O Correio da Manhã lembra que Stéphanie Sá da Silva entrou na TAP três anos depois de ter feito parte da equipa da Cuatrecasas, tendo Gonçalves Pereira assessorado juridicamente David Neeleman na privatização da TAP, em 2015.
Quando Neeleman saiu da TAP, na sequência da renacionalização da empresa em 2020, Stéphanie Sá da Silva permaneceu na companhia aérea, tendo abandonado o cargo em maio de 2022, no mesmo dia em que o seu marido foi convidado a fazer parte do Governo liderado por António Costa.