Notícia
TAP condenada por manter piloto em terra sem voar
Tribunal entendeu que decisão da companhia aérea foi excessiva, mesmo mantendo o pagamento do salário.
A TAP foi condenada em tribunal por manter em terra um piloto dos seus quadros durante cerca de cinco anos, apesar de lhe pagar salário. De acordo com o acórdão judicial, a transportadora aérea violou o chamado dever de ocupação efetiva do trabalhador.
A notícia é avançada este domingo pelo jornal Público, que adianta também que a sentença foi proferida no mês passado por um tribunal de primeira instância e que a decisão ainda é passível de recurso.
O tribunal decretou que não só que o piloto volte a voar como também que seja indemnizado em 25 mil euros, noticia o mesmo jornal.
A transportadora aérea não comentou a decisão judicial, nem mesmo se avançará com recurso.
Em outubro de 2020 e depois de vários episódios de tensão iniciados em 2014 que chegaram a ditar a suspensão do piloto, o conselho técnico pedagógico da Direcção de Operações de Voo da transportadora aérea declarou que o piloto já não reunia as faculdades indispensáveis para continuar a comandar Airbus.
O juiz do Tribunal de Sintra que analisou o caso entendeu que a decisão de inibir o piloto de voar foi uma verdadeira "bomba atómica" lançada sobre o trabalhador e excessiva perante os acontecimentos, de acordo com o Público.