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Ryanair reduz operação para evitar mais cancelamentos forçados. 400 mil passageiros afectados

Mais 400 mil passageiros vão ver os seus voos cancelados até ao final de Março, para que a companhia consiga ter mais aviões sobressalentes. A Ryanair anunciou também uma campanha de voos a 9,99 euros e a desistência da compra da Alitalia.

Miguel Baltazar
27 de Setembro de 2017 às 13:54
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A companhia "low cost" Ryanair anunciou esta quarta-feira, 27 de Setembro, que irá reduzir a sua operação de Inverno para evitar mais cancelamentos forçados, como os que se vão verificar até ao final de Outubro.

Assim, a transportadora irlandesa irá operar com menos 25 aviões, de Novembro deste ano até ao final de Março de 2018. Para isso, novos voos serão cancelados.


"Temos menos de 400 mil passageiros previstos nestes voos, que afectam menos de um voo por dia nos nossos 200 aeroportos durante o período de cinco meses correspondente ao Inverno", explicou a companhia em comunicado. Na lista estão também voos ainda sem marcações.


A Ryanair diz ser afectados menos de 1% dos 50 milhões de passageiros esperados nos voos agora cancelados. Todos eles, assegura a companhia, receberam esta quarta-feira, 27 de Setembro, um contacto por email, dando-lhes entre cinco semanas e cinco meses para alterarem o voo.

Portugal não figura entre as 34 rotas já anunciadas como estando canceladas. Contactada, fonte oficial da Ryanair diz que a lista total de voos afectados ainda está a ser trabalhada, não sendo possível avançar com mais detalhes em relação ao país.


A transportadora está disponível para agendar os voos para outra data ou reembolsar estes clientes. Todos vão também receber um vale de 40 euros, por cada voo, para gastarem numa nova reserva, a marcar durante o mês de Outubro, para voos a realizar entre Outubro e Março do próximo ano.


Os 315 mil passageiros afectados pelos cancelamentos já em curso também receberão este vale de 40 euros por voo, com as mesmas condições dos anteriores. Tal não evita que os clientes afectados possam pedir indemnização pelo cancelamento.


Com esta redução de operação a partir de Novembro, a Ryanair acredita que será possível "eliminar todo o risco de novos cancelamentos de voos, porque um crescimento mais lento permite mais aeronaves e tripulações sobressalentes nas 86 bases da Ryanair este Inverno". A companhia dispõe de 400 aviões.


Todavia, a Ryanair apostou numa nova campanha, com mais de um milhão de lugares à venda a partir de 9,99 euros para viagens em Outubro, Novembro e Dezembro.


A Ryanair vai ainda agendar, ao abrigo da nova legislação comunitária, toda as férias dos seus 4.200 pilotos entre Outubro e Dezembro, para ser possível arrancar 2018 com esse balanço em branco. O esforço de agendamento será concentrado no primeiro trimestre do próximo ano. Também os pilotos já foram contactados por email, informou.


Nos próximos seis meses, acrescenta, a Ryanair treinará cerca de 650 pilotos para substituir aqueles que abandonaram a companhia e fazer face ao reforço da frota com mais 50 aeronaves até Maio de 2018.


Nos anúncios, conta-se também a desistência da compra da Alitalia, em falência. "Para nos focarmos em corrigir o agendamento deste Inverno, a Ryanair vai eliminar todas as distracções à gestão, começando com o interesse na Alitalia. Já informámos a comissão de falência da Alitalia de que não vamos prosseguir com o nosso interesse na Alitalia nem com ofertas pela companhia", informou.


Os custos para lidar com estes cancelamentos, espera, deverão ficar "abaixo dos 25 milhões de euros".

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