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Ryanair confirma despedimento de 432 trabalhadores em Espanha
A companhia aérea irlandesa Ryanair confirmou hoje a sua intenção de despedir em Espanha 432 trabalhadores das suas bases de Girona e Canárias, 327 tripulantes de cabine e 105 pilotos, anunciou o sindicato USO em comunicado.
O sindicato refere ter dado hoje início ao processo de regulação do trabalho coletivo iniciado pela Ryanair, Crewlink e Workforce, avançando que as bases de Girona e Tenerife Sur serão as mais afetadas, com a saída de 100 tripulantes de cada.
Na base da Gran Canária serão despedidos 69 trabalhadores e em Lanzarote outros 58, adianta o USO, acrescentando que serão despedidos 220 tripulantes contratados diretamente pela Ryanair, 85 pela Workforce e 22 ligados à Crewlink.
O sindicato indica que tentará diminuir estes números relativos a demissões nas negociações agendadas para 25 e 30 de outubro.
Em agosto, o sindicato USO já tinha avançado que a companhia aérea ia encerrar quatro bases em Espanha a partir de 08 de janeiro do próximo ano.
Em causa estavam as bases de Gran Canária, Tenerife Sur, Lanzarote e Girona, tendo adiantado, na ocasião, que o encerramento implicaria o despedimento coletivo de 512 funcionários.
Num 'email' enviado em agosto aos trabalhadores, a Ryanair justificou a decisão com atrasos na entrega de aviões e com os efeitos do 'Brexit', bem como com a queda de lucros.
Na mensagem, a diretora de recursos humanos do grupo, Lisa McCormack, disse que a transportadora pretendia "minimizar a perda de emprego" através de "transferências".
No dia 06 de julho, a Lusa noticiou que a Ryanair tinha comunicado, em Faro, que iria encerrar a base naquele aeroporto em janeiro de 2020, e despedir cerca de 100 trabalhadores, embora mantenha os voos, segundo a presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Luciana Passo.
No dia 21 de agosto, a secretária de Estado do Turismo reuniu-se com a Ryanair, em Dublin, para debater "a competitividade" do aeroporto de Faro, nomeadamente com a manutenção da base, bem como alargar a presença da companhia aérea ao Funchal.