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Remuneração do próximo CEO da TAP será mais baixa que a de Antonoaldo Neves
O ministro das Infraestruturas disse esta quarta-feira que está a finalizar a contratação do novo presidente executivo da TAP, que terá uma equipa que “não tem de ser de estrangeiros”.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, garantiu esta quarta-feira no Parlamento que o novo presidente executivo da TAP – cargo que deverá ser ocupado pelo alemão Albrecht Binderberger – terá uma remuneração "mais baixa do que a do antigo CEO Antonoaldo Neves", mas não avançou valores.
De acordo com informação que foi tornada pública aquando da sua saída, o gestor tinha um vencimento fixo de 45 mil euros brutos mensais, a que a acresciam 14 mil euros para cobrir despesas em Portugal, o que elevava a sua remuneração total a 59 mil euros brutos por mês.
Já Ramiro Sequeira, que assumiu o cargo de CEO interinamente, passou a ter uma remuneração de 35 mil euros brutos por mês, já abaixo da remuneração do antecessor, sendo que em fevereiro último passou já a vigorar o corte de 30% nas remunerações dos administradores da companhia.
No Parlamento, Pedro Nuno Santos disse ainda que "estamos a finalizar a contratação do novo CEO, e que obviamente terá uma equipa, que não tem de ser uma equipa de estrangeiros".
Para o ministro, "não fazia sentido fazer uma mudança a meio da elaboração do plano de reestruturação".
O responsável salientou ainda aos deputados que o pedido de auxílio intercalar que fez junto da Comissão Europeia de 463 milhões de euros para TAP foi feito ao abrigo do quadro covid, frisando que "só pudemos recorrer a este apoio porque estamos no ‘rescue & restructuring’", razão para ter sido sugerido pela Comissão Europeia "que podíamos fazer nesse âmbito".