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Quem vai controlar a TAP? Governo decide hoje

Os ministros reunidos em Conselho esta quinta-feira vão tomar uma decisão favorável à venda da TAP. Há dois candidatos. Um deles será o escolhido pelo Governo tendo por base os pareceres da gestão da TAP e da Parpública.

Miguel Baltazar
Negócios 11 de Junho de 2015 às 10:14
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Em cima da mesa do Conselho de Ministros desta quinta-feira está a decisão sobre a quem vender a TAP. Duas propostas concorrem por 61% da companhia aérea portuguesa: a do empresário sul-americano mas com nacionalidade polaca Germán Efromovich e a de David Neeleman, norte-americano líder da companhia aérea Azul que opera no Brasil, que se candidata com a Barraqueiro.

 

Nesta fase das propostas os dois candidatos estiveram a melhorar as suas propostas que foram de novo analisadas pela Parpública e pela gestão da companhia aérea que avalia o pilar estratégico. O presidente da TAP Fernando Pinto (na foto), em entrevista ao Diário Económico, revelou que "houve mudanças para melhor", considerando que as duas ofertas "são sólidas e dão garantias de futuro".   

 

Na sexta-feira dia 5 de Junho, faltava uma hora para finalizar o prazo para a melhoria das propostas, o Governo anunciou que os dois candidatos melhoraram as suas ofertas. A partir daí as ofertas foram analisadas pela Parpública e pela TAP. As propostas tiveram de regressar à avaliação da TAP porque as alterações introduzidas pelos candidatos tinham impacto no plano estratégico apresentado pela gestão liderada por Fernando Pinto.  

 

Escolhido o comprador o processo entrará numa fase de autorizações, entre elas as da direcção geral europeia para a concorrência que é uma das mais complexas. A confirmação das exigências de nacionalidade europeia – na União, quem controla as companhias aéreas tem de ter nacionalidade europeia.

 

Além disso, espera-se que durante o processo que poderá estar apenas concluído depois das eleições, o Governo e o comprador negoceiem a reestruturação da dívida, o que poderá passar pelo alargamento das maturidades. Miguel Pais do Amaral cuja candidatura foi eliminada logo na fase inicial disse, numa entrevista ao Negócios, que estava convencido que era necessário ir mais do que isso, admitindo que poderia ter de existir uma perdão de dívida para viabilizar a companhia aérea.  

 

A decisão do Governo deverá ser anunciada esta quinta-feira ao fim da manhã na conferência de imprensa habitual que se segue ao Conselho de Ministros.

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