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PS pede “avaliação” às declarações de gestor financeiro da TAP no Parlamento
O partido socialista quer que Gonçalo Pires explique as declarações que fez na comissão de inquérito, desmentidas na resposta de Christine Ourmières-Widener às Finanças.
O PS quer que a comissão de inquérito à TAP avance com uma avaliação às declarações do CFO da TAP, Gonçalo Pires, no Parlamento para apurar se houve contradições com a versão da ainda CEO da companhia aérea. O pedido foi feito ao presidente da CPI, Jorge Seguro Sanches, pelo deputado Carlos Pereira, antes da audição à CEO da TAP exonerada.
Em causa estão as afirmações de Gonçalo Pires na semana passada sobre ter sido informado formalmente da saída de Alexandra Reis apenas no dia 4 de fevereiro de 2022, por email enviado pelo chairman, Manuel Beja, e informalmente pela CEO "um ou dois dias antes" através de SMS.
Uma informação contraditória face à posição da CEO exonerada, que defendeu que o CFO também estava a par desde o início, segundo a resposta enviada à Direção-Geral de Tesouro e Finanças (DGTF) no âmbito do processo da sua demissão por justa causa. Afirmações que foram recentemente confirmadas através da partilha de mensagens no WhatsApp com Gonçalo Pires, como noticiou a CNN.
Em resposta ao deputado do PS, Seguro Sanches esclareceu que na próxima terça-feira será publicado o projeto de ata dos requerimentos que têm sido feitos.
Ontem o presidente do PSD também acusou o diretor financeiro da TAP de ter mentido ao Parlamento e desafiou o ministro das Finanças e o primeiro-ministro a tomarem uma posição sobre esta "falta à verdade" de Gonçalo Pires.
"Quero daqui instar o senhor ministro das Finanças e o senhor primeiro-ministro a tomarem uma posição acerca da falta à verdade do depoimento dado na comissão parlamentar de inquérito por este responsável", afirmou na segunda-feira Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, no final da reunião da Comissão Permanente do PSD, na sede nacional do partido.