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Promotores do aeroporto em Santarém satisfeitos com decisão da comissão técnica
A opção de Santarém como aeroporto complementar ao Humberto Delgado ou como solução individual passou à fase final de análise da comissão técnica independente. Promotores do Magellan 500 aproveitam para frisar que projeto é "favorável para o contribuinte".
Os promotores do projeto de construção de um aeroporto em Santarém, designado Magellan 500, congratularam-se esta quinta-feira com a decisão da comissão técnica independente (CTI) de acolher para análise final esse projeto no âmbito do aumento da capacidade aeroportuária da região de Lisboa.
Depois de a CTI ter anunciado que colocou em análise o projeto de um aeroporto na região de Santarém, tanto na forma de infraestrutura complementar ao aeroporto Humberto Delgado como numa solução individual, os promotores do projeto, liderados por Carlos Brazão, sublinham que o Magellan 500 é para ser "desenvolvido por promotores privados, entre os quais o grupo Barraqueiro" e que "foi desenhado com a colaboração de parceiros nacionais e internacionais de referência, ao longo de três anos". Dizem ainda que "assenta num conceito de sustentabilidade ambiental e flexibilidade no topo das suas prioridades".
"Uma vez que se trata de um projeto de iniciativa privada, o Magellan 500 foi concebido como um projeto favorável para o contribuinte, dizem ainda.
O Magellan 500 prevê a construção de um aeroporto de raiz, a norte de Santarém, concebido por fases e escalável, aproveitando as acessibilidades rodoferroviárias já existentes (A1 e linha do Norte), a apenas 30 minutos da capital, salientam, recordando que este local tem acessos rápidos a vários centros urbanos, além de Lisboa, como Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Fátima, Portalegre, Caldas da Rainha, Tomar ou Figueira da Foz, servindo uma população a rondar os seis milhões, e que permite reforçar o atual hub aeronáutico de Lisboa.
"A viagem entre Lisboa e Santarém será feita em shuttle ferroviário, através da linha do Norte, entrando na capital pela Gare do Oriente, podendo ir até Alcântara Terra através da linha de cintura, o que vai permitir a conexão às linhas suburbanas da Grande Lisboa (Sintra, Oeste, Cascais e Fertagus para a península de Setúbal, bem como a todas as linhas da rede do Metropolitano de Lisboa ( Azul, Amarela, Verde e Vermelha)", afirmam ainda.
Lembram também que a Câmara Municipal de Santarém apoiou "desde a primeira hora" a iniciativa e "aprovou um acordo de colaboração em parceria com a Magellan 500 para disponibilização de informação e ajudas técnicas com vista a assegurar a realização das ações necessárias e adequadas ao estudo, projeção, criação e implementação do aeroporto e respetivas infraestruturas de apoio".
E acrescentam que foi também recentemente assinado um acordo de cooperação intermunicipal entre os municípios de Santarém, Golegã, Alcanena e Torres Novas, "com vista à congregação de esforços daquelas autarquias para o planeamento do seu território para a nova cidade aeroportuária".
De acordo com os promotores, "também os municípios de Rio Maior, Abrantes, Fundão, Entroncamento e Ourém já se pronunciaram publicamente a favor da construção do aeroporto de Santarém, percebendo a importância desta infraestrutura para as suas populações".