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Proibição dos EUA de aparelhos electrónicos em aviões responde a ameaça 'jihadista'

A proibição de computadores portáteis e outros dispositivos electrónicos na bagagem de cabina em voos directos procedentes de oito países de maioria muçulmana imposta pelos EUA é resposta a uma ameaça do Estado Islâmico, segundo a imprensa norte-americana.

EPA
22 de Março de 2017 às 10:30
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Washington declinou facultar explicações sobre a medida imposta na terça-feira, mas o jornal New York Times, que cita altos funcionários norte-americanos ligados à luta anti-terrorismo, atribui-a à ameaça de uma bomba que supostamente seria escondida nos aparelhos electrónicos ou nas baterias dos computadores portáteis.

A informação contradiz outras versões de fontes da administração norte-americana que negaram desconhecer se a proibição tem por base qualquer ameaça concreta ou risco de um ataque terrorista iminente contra o país.

Segundo a cadeia televisiva ABC, a Casa Branca considera essa ameaça "fundamentada" e "credível".

Além dos computadores portáteis, 'tablets', câmaras, leitores de DVD e consolas de videojogos também estão proibidos na cabina dos aviões, pelo que têm que ser despachados na bagagem de porão, escapando ao bloqueio os telemóveis.

A proibição vai afectar 50 voos diários com destino aos Estados Unidos procedentes de dez aeroportos internacionais em oito países: Jordânia, Kuwait, Egipto, Turquia, Arábia Saudita, Marrocos, Qatar e Emirados Árabes Unidos.

As nove companhias aéreas afectadas, todas estrangeiras, dado que nenhuma transportadora norte-americana oferece voos directos a partir dos aeroportos visados pela medida são: Royal Jordanian, EgyptAir, Turkish Airlines, Saudi Arabian Airlines, Kuwait Airways, Royal Air Moroc, Qatar Airways, Emirates e Etihad Airways.

A administração norte-americana deu a todas as companhias aéreas um prazo de 96 horas para notificarem os seus passageiros.

O Reino Unido juntou-se, no mesmo dia, aos Estados Unidos na proibição de computadores na cabina dos aviões.

A medida, no caso do Reino Unido, diz respeito aos voos directos procedentes da Turquia, Líbano, Jordânia, Egipto, Tunísia e Arábia Saudita.

A medida anunciada por Downing Street afeta seis companhias aéreas britânicas (British Airways, EasyJet, Jet2.com, Monarch, Thomas Cook e Thomson) e oito estrangeiras (Turkish Airlines, Pegasus Airways, Atlas-Global Airlines, Middle East Airlines, Egyptair, Royal Jordanian, Tunis Air e Saudia).

"Cada um tomou a sua própria decisão", referiu Downing Street ao ser questionado sobre as diferenças entre o bloqueio norte-americano e o britânico.
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