Notícia
Presidente da United Airlines já pediu desculpa ao passageiro expulso do avião
O presidente da transportadora aérea United Airlines apresentou desculpas na terça-feira ao passageiro que foi expulso violentamente de um aparelho da companhia em Chicago, 48 horas depois do incidente que provocou indignação em todo o mundo.
12 de Abril de 2017 às 07:13
"Apresento as minhas desculpas mais sinceras ao passageiro que foi desembarcado brutalmente do avião. Ninguém dever ser tratado daquela maneira", escreveu Oscar Munoz, em comunicado, qualificando o incidente como "verdadeiramente horrível".
No texto, acrescentou, a empresa "assume as suas responsabilidades e vai compor as coisas", prometeu, acrescentando que "nunca é tarde demais para fazer bem".
Os advogados do passageiro, David Dao, indicaram, por seu turno, que este continuava internado e que não iria fazer qualquer declaração nos próximos tempos.
O 'mea culpa' de Munoz contrasta com o tom adoptado inicialmente, na noite de segunda para terça-feira, aos empregados da transportadora aérea, uma das três maiores norte-americanas.
Neste primeiro texto, o passageiro, um médico de origem vietnamita que vive nos EUA desde há alguns anos, era qualificado como "perturbador e agressivo".
Esta resposta tinha lançado petróleo na fogueira nas redes sociais e na bolsa, onde a acção da United perdeu na terça-feira mais de 1%, ou seja, cerca de 250 milhões de dólares (236 milhões de euros) de capitalização bolsista.
Até a Casa Branca lamentou o incidente, que classificou como "infeliz". O porta-voz Sean Spicer afirmou que "é perturbador ver como tudo foi gerido".
Andy Holdsworth, um especialista em comunicação de crise na empresa britânica Bell Pottinger, considerou o episódio como "um desastre em matéria de relações públicas".
Dos EUA à China, passando pela Europa e América Latina, o incidente provocou reações indignadas e apelos ao boicote da empresa, depôs da difusão de vídeos filmados por outros passageiros que mostraram o homem arrastado pelo corredor, sangrando da cabeça, depois de esta ter batido no braço da cadeira de onde foi arrancado pela polícia do aeroporto.
Perante o escândalo, o Departamento dos Transportes abriu na terça-feira um inquérito "para determinar se a companhia aérea respeitou as regras em matéria de 'overbooking'" e um dos seguranças da companhia foi suspenso.
O 'overbooking' é uma técnica comercial quer permite às companhias venderem mais lugares do que os existentes no aparelho.
A United comprometeu-se a fazer um inquérito interno para examinar e rever a gestão de situações de 'overbooking' e a política de indemnizações, cujas conclusões devem ser conhecidas em 30 de Abril.
As empresas aéreas norte-americanas podem obrigar os passageiros a saírem dos aviões para os quais haja mais bilhetes vendidos do que lugares disponíveis, em troca de indemnizações, se não conseguirem voluntários suficientes para abandonarem o aparelho.
A United Airlines esclareceu que propor 800 dólares aos passageiros que quisessem renunciar ao lugar neste voo, de domingo, entre Chicago e Louisville, no centro-este do país. Sem voluntários, sorteou passageiros para sair do avião.
"Quando você compra um bilhete de avião, aceita as condições de venda que dão direitos importantes à empresa aérea", sublinhou Robert Mann, do gabinete R.W. Mann & Company.
"Desde que esteja a bordo, tem de seguir as ordens da tripulação. Se estiver no terminal de embarque, a companhia pode decidir que você não embarca, mesmo que tenha o seu bilhete. Uma vez a bordo, você pode ser desembarcado à força. Em convulsão, você não tem direitos", enumerou o analista.
Cerca de 46 mil passageiros, em média, têm de sair de aviões nos EUA, devido a situações de 'overboking', mas por norma os casos são resolvidos através de um compromisso.
No texto, acrescentou, a empresa "assume as suas responsabilidades e vai compor as coisas", prometeu, acrescentando que "nunca é tarde demais para fazer bem".
O 'mea culpa' de Munoz contrasta com o tom adoptado inicialmente, na noite de segunda para terça-feira, aos empregados da transportadora aérea, uma das três maiores norte-americanas.
Neste primeiro texto, o passageiro, um médico de origem vietnamita que vive nos EUA desde há alguns anos, era qualificado como "perturbador e agressivo".
Esta resposta tinha lançado petróleo na fogueira nas redes sociais e na bolsa, onde a acção da United perdeu na terça-feira mais de 1%, ou seja, cerca de 250 milhões de dólares (236 milhões de euros) de capitalização bolsista.
Até a Casa Branca lamentou o incidente, que classificou como "infeliz". O porta-voz Sean Spicer afirmou que "é perturbador ver como tudo foi gerido".
Andy Holdsworth, um especialista em comunicação de crise na empresa britânica Bell Pottinger, considerou o episódio como "um desastre em matéria de relações públicas".
Dos EUA à China, passando pela Europa e América Latina, o incidente provocou reações indignadas e apelos ao boicote da empresa, depôs da difusão de vídeos filmados por outros passageiros que mostraram o homem arrastado pelo corredor, sangrando da cabeça, depois de esta ter batido no braço da cadeira de onde foi arrancado pela polícia do aeroporto.
Perante o escândalo, o Departamento dos Transportes abriu na terça-feira um inquérito "para determinar se a companhia aérea respeitou as regras em matéria de 'overbooking'" e um dos seguranças da companhia foi suspenso.
O 'overbooking' é uma técnica comercial quer permite às companhias venderem mais lugares do que os existentes no aparelho.
A United comprometeu-se a fazer um inquérito interno para examinar e rever a gestão de situações de 'overbooking' e a política de indemnizações, cujas conclusões devem ser conhecidas em 30 de Abril.
As empresas aéreas norte-americanas podem obrigar os passageiros a saírem dos aviões para os quais haja mais bilhetes vendidos do que lugares disponíveis, em troca de indemnizações, se não conseguirem voluntários suficientes para abandonarem o aparelho.
A United Airlines esclareceu que propor 800 dólares aos passageiros que quisessem renunciar ao lugar neste voo, de domingo, entre Chicago e Louisville, no centro-este do país. Sem voluntários, sorteou passageiros para sair do avião.
"Quando você compra um bilhete de avião, aceita as condições de venda que dão direitos importantes à empresa aérea", sublinhou Robert Mann, do gabinete R.W. Mann & Company.
"Desde que esteja a bordo, tem de seguir as ordens da tripulação. Se estiver no terminal de embarque, a companhia pode decidir que você não embarca, mesmo que tenha o seu bilhete. Uma vez a bordo, você pode ser desembarcado à força. Em convulsão, você não tem direitos", enumerou o analista.
Cerca de 46 mil passageiros, em média, têm de sair de aviões nos EUA, devido a situações de 'overboking', mas por norma os casos são resolvidos através de um compromisso.